Moedas diz que está "a meio" do projeto que tem para Lisboa

Autarca realçou a retirada de "mais de 500 tendas da cidade", inclusive junto à Igreja dos Anjos, com soluções de realojamento para que as pessoas não ficassem na rua.

01 de outubro de 2025 às 17:07
Carlos Moedas Foto: Sérgio Lemos
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O candidato de PSD/CDS-PP/IL e atual presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, disse esta quarta-feira estar "a meio" de um projeto concreto para a cidade, que pretende continuar nos próximos quatro anos, reiterando que não se candidata contra ninguém.

Num almoço-debate sobre "Lisboa, o muito que foi feito e o que há para fazer", organizado pelo International Club of Portugal, o social-democrata Carlos Moedas destacou o trabalho dos últimos quatro anos, tendo como base a construção de um estado social local, desde o apoio à habitação ao plano de saúde para idosos.

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O autarca realçou a retirada de "mais de 500 tendas da cidade", inclusive junto à Igreja dos Anjos, com soluções de realojamento para que as pessoas não ficassem na rua, afirmando que "muitas pessoas não queriam que a situação se resolvesse" e esta quarta-feira a câmara dispõe de uma equipa que trabalha 24 horas por dia com a população sem-abrigo.

"Se uma cidade não tem paz social, se não tem um estado social local, que ajude as pessoas, essa cidade pode ter tudo o resto, mas não tem o essencial, que é a harmonia entre as pessoas", afirmou o candidato da coligação "Por ti, Lisboa", que junta PSD, CDS-PP e IL, considerando que "a realidade é muito mais importante do que a ideologia".

Ao cuidar das pessoas, o autarca acrescentou a "capacidade de sonhar", inclusive com a Fábrica de Unicórnios, e de ter uma cidade "com alma", investindo na cultura, com novos museus e teatros.

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Carlos Moedas interveio para uma plateia composta sobretudo por empresários, e onde estava também Joaquim Miranda Sarmento, que esteve "como amigo, não como ministro das Finanças", e respondeu a questões dos associados do International Club of Portugal, com perguntas sobre imigração, licenciamentos urbanísticos e taxa turística.

Nestes dois primeiros dias de campanha, a candidatura "Por ti, Lisboa" tem partilhado com a comunicação social iniciativas em ambiente controlado, sem responder a questões de jornalistas, apesar de estar a realizar ações de rua, contactando com a população.

"É um verdadeiro privilégio servir os lisboetas", reforçou o autarca do PSD, sublinhando que está "a meio" de um projeto para a cidade, com "uma visão concreta".

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Reiterando que não se recandidata contra ninguém, Carlos Moedas apelou à mobilização dos lisboetas nas eleições autárquicas de 12 de outubro, para decidirem se querem "um retrocesso" ou o avançar do projeto que iniciou em 2021, do qual diz estar "empenhado 24 horas por dia".

Sobre os problemas a resolver, o candidato apontou o lixo, que considera resultar de "desresponsabilização política" após a descentralização de competências para as juntas de freguesia, justificando a ausência de uma solução durante este mandato com o facto de estar a governar "em minoria".

Se for reeleito, pretende assegurar a recolha de lixo indiferenciado seis dias por semana, em vez de três, e lançar o canal "WhatsApp do Lixo", uma plataforma para responder em tempo real aos pedidos dos lisboetas.

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O social-democrata comprometeu-se ainda a reforçar a segurança, com mais videoproteção e polícias, insistindo na ideia de que a Polícia Municipal deve conseguir deter suspeitos de crimes e levá-los para a esquadra, ressalvando que, com isso, não quer que seja um órgão de polícia criminal.

Outras das medidas passam por intervir no Parque Florestal de Monsanto, Parque Papa Francisco e Tapada das Necessidades, construir habitação nos "250 hectares que estão parados há 20 anos entre o Vale de Chelas e o Vale de Santo António", reabilitar 710 casas no centro histórico para jovens, reduzir metade das 476 taxas municipais e continuar a devolver 5% de IRS aos lisboetas.

Concorrem à Câmara de Lisboa nas próximas eleições autárquicas: Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN), Tomaz Ponce Dentinho (PPM/PTP) e Luís Mendes (RIR).

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