Montenegro considera que tem sido "cuidadoso" mas vontade do líder do PSD "é indissociável" da do primeiro-ministro

Luís Montenegro remeteu ainda para o plano partidário, reiterando querer uma vitória eleitoral nas próximas eleições.

06 de outubro de 2025 às 14:27
Luís Montenegro Foto: ANTÓNIO COTRIM/LUSA
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Luís Montenegro defendeu esta segunda-feira que tem sido "o mais comedido e o mais cuidadoso" possível para não confundir o planos partidário com o do Governo, mas admitiu que a vontade do líder do PSD "é indissociável" da do executivo.

No final de uma manhã animada no distrito de Braga, onde visitou duas feiras (Cabeceiras de Basto e Vieira do Minho) no âmbito da campanha autárquica, Montenegro foi questionado se, ao fazer promessas em vários concelhos, não está a misturar os planos de líder do PSD e de primeiro-ministro.

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"Eu tenho sido o mais comedido e o mais cuidadoso em não confundir os planos, mas eu como líder partidário também tenho o direito de expressar a vontade do meu partido, que neste momento é indissociável da vontade do Governo, porque o PSD tem a responsabilidade de conduzir também a política do Governo", afirmou.

Montenegro defendeu que não está "a fazer anúncios em nome do Governo", mas do PSD.

"Eu estou a falar em nome do partido, sendo que em muitas circunstâncias é inevitável que a minha voz possa, no fundo, congregar as duas circunstâncias", disse, acrescentando que não disse nada que "os partidos da oposição não soubessem".

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Questionado se estas eleições autárquicas podem ser um teste ao Governo, Montenegro voltou a remeter para o plano partidário, reiterando querer uma vitória eleitoral no próximo domingo

"É um teste ao partido que eu lidero, o PSD. É um teste aos dois partidos que compõem o Governo (PSD e CDS-PP) porque são partidos que têm uma expressão autárquica muito relevante, quer do ponto de vista individual, quer do ponto de vista conjunto, quando se candidatam em muitos municípios em coligação. É um teste que nós queremos superar, tendo uma vitória eleitoral", afirmou.

O líder social-democrata assumiu querer "alcançar mais votos, mais representatividade em mandatos nas juntas de freguesia, nas câmaras municipais, nas assembleias municipais e também mais presidências de Câmara Municipal".

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"E eu nunca me escondo atrás de nenhum resultado e, portanto, a minha obrigação é lutar por ele, é estar ao lado dos nossos autarcas", justificou, à entrada para a reta final da campanha, em que terá uma agenda intensa com, por vezes, cinco pontos por dia separados por centenas de quilómetros.

Nas duas feiras, Montenegro ouviu apelos sobre pensões, quer para aumentar o seu valor, quer para baixar a idade de reforma, mas sem ambiente de hostilidade, tendo também ouvido muitas palavras de confiança.

De uma emigrante na Suíça ouviu o pedido para que "faça mais por Portugal", dizendo-lhe querer voltar para o país, o que Montenegro apoiou.

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Como tem acontecido ao longo da campanha, o líder do PSD foi desafiado, a cada passo, para tirar selfies com os apoiantes, a que não se tem escusado.

Recebido em Vieira do Minho por um rancho folclórico e como a hora já ia adiantada, ainda provou da bôla de chouriço e azeitonas comprada pelo secretário-geral do PSD, Hugo Soares, que tem estado presente em muitos dos pontos da volta nacional, além de cumprir agenda paralela com outros candidatos.

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