Tavares defende que Livre tem "historial absolutamente coerente" sobre conflito no Médio Oriente

Líder do Livre falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha em Barcelos, distrito de Braga, onde foi questionado acerca dos dois anos desde o ataque do Hamas em Israel.

07 de outubro de 2025 às 16:16
Rui Tavares em campanha para as autárquicas Foto: João Matos/Lusa
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O porta-voz do Livre Rui Tavares defendeu esta terça-feira que o seu partido tem um "historial absolutamente coerente" sobre o conflito na Faixa de Gaza, no dia em que se assinalam dois anos dos ataques do Hamas.

"O Livre tem um historial em relação a este tema absolutamente coerente, absolutamente límpido e claro para toda a gente desde o início. Às vezes fomos criticados por receber famílias de reféns. Outras vezes fomos criticados por quem nos quer amalgamar com quem quer que seja. A única coisa que eu digo é, se não conseguem mesmo impedir-se de mentir, mintam com mentiras menos mentirosas, porque estas não colam", atirou Rui Tavares.

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O líder do Livre falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha em Barcelos, distrito de Braga, onde foi questionado acerca dos dois anos desde o ataque do Hamas em Israel e as críticas que a Iniciativa Liberal tem feito ao seu partido nesta matéria.

Esta manhã, na rede social X, o deputado da IL Mário Amorim Lopes acusou Livre e BE de apoiarem manifestações "para glorificar terroristas". Nessa publicação, o deputado anexa uma fotografia de um cartaz alusivo a um protesto convocado hoje para Lisboa e que defende que organizações como o Hamas são "movimentos de resistência anti-colonial", desafiando os partidos de esquerda a demarcarem-se do evento.

Rui Tavares quis "começar pelas vítimas" e classificou o ataque de 07 de outubro como "hediondo", do qual "resultaram reféns que ainda estão encarcerados e corpos de reféns que ainda não foram devolvidos".

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O deputado salientou que em outubro de 2023, na sua primeira declaração no parlamento sobre o tema, "aplaudida por deputados da IL, já agora", salientou que o Hamas era uma organização terrorista e que o Livre entregou logo um projeto de resolução -- iniciativa sem força de lei -sobre o tema.

"O Livre, a 11 de outubro de 2023, entregou um projeto de resolução de que ainda hoje nos orgulhamos muito, porque diz lá que era preciso estar alerta. Ainda a ofensiva sobre Gaza não tinha começado, mas sabíamos que a prática de Netanyahu e dos seus aliados era de reiteradamente reagirem de forma desproporcional e alertávamos contra a possibilidade de haver novas e a mais vítimas em Gaza", sublinhou.

Em novembro do mesmo ano, continuou, o partido apresentou novo projeto de resolução pelo reconhecimento da independência da Palestina, posição recentemente adotada pelo Estado português.

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Tavares considerou que as declarações de Mário Amorim Lopes "são indignas de alguém que é representante do povo e que deve estar acima disso".

Durante esta campanha eleitoral, o Livre e a IL têm trocado algumas acusações sobre o conflito no Médio Oriente. A líder da IL, Mariana Leitão, responsabilizou Livre e BE de incentivar "atos de vandalismo" após uma manifestação pró-Palestina em Lisboa, e Tavares exigiu um pedido de desculpa, algo que não aconteceu, com a liberal a devolver que o deputado do Livre tem "um discurso sonso".

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