Ventura quer ganhar câmaras mas recusa quantificar objetivo

Líder do Chega insistiu que quer ultrapassar os 208 mil votos que o partido teve nas autárquicas de 2021 e defendeu que "será uma grande vitória desse ponto de vista".

06 de outubro de 2025 às 16:15
André Ventura em campanha para as autárquicas Foto: Miguel A. Lopes/Lusa_EPA
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O líder do Chega, André Ventura, disse esta segunda-feira que o objetivo do partido nestas eleições autárquicas é ganhar presidências de câmara, mas recusou apontar um número, e admitiu que se não vencer nenhuma será uma derrota.

"Nós não temos nenhuma câmara. A vitória numa câmara municipal será simbólica para o Chega, mas não é isso que fará de nós uma noite de vitória", afirmou, em declarações aos jornalistas na Moita (distrito de Setúbal).

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André Ventura disse estar convicto de que o Chega vai ganhar câmaras e juntas de freguesia, mas recusou quantificar um objetivo.

"Não sou eu que digo aos eleitores quantas câmaras quero. Os eleitores, os portugueses é que nos vão dizer em quantos autarcas confiam para nos dar um mandato", afirmou, dizendo que o teste será perceber se as bandeiras do partido também têm peso a nível local.

O líder do Chega insistiu que quer ultrapassar os 208 mil votos que o partido teve nas autárquicas de 2021 e defendeu que "será uma grande vitória desse ponto de vista".

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"Mas nós não temos vitórias que são meias derrotas. Nós queremos mesmo ganhar câmaras e juntas. Se não ganharmos nenhuma câmara, por exemplo, no país todo, é uma derrota, evidentemente. Até podemos ter um milhão de votos, não ganhar uma câmara é uma derrota", admitiu.

Sobre os avisos que tem deixado aos seus candidatos de que têm de "fazer diferente", Ventura afirmou que "quem arrisca às vezes comete erros, às vezes comete grandes virtudes, às vezes ganha, às vezes perde" e salientou que a "limpeza tem de começar dentro de casa".

No início da segunda semana da campanha para as eleições autárquicas, a volta nacional do Chega arrancou o dia na Moita, para uma arruada com o candidato à presidência da câmara, Alfredo Vieira.

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"Neste momento estamos em modo 'sprint' de vitória para procurar ter uma grande vitória nas eleições autárquicas", sustentou o líder do partido.

Num dia em que intensificou a agenda, com cinco ações de campanha, o líder do Chega esteve ao final da manhã em Lisboa, onde acompanhou o candidato à presidência da câmara da capital numa curta arruada na zona de Chelas.

Em declarações aos jornalistas, pediu aos lisboetas que deem "uma oportunidade" a Bruno Mascarenhas.

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Questionado se a existência de várias candidaturas à direita poderá beneficiar a esquerda e dificultar a reeleição de Carlos Moedas (candidato da coligação PSD/CDS/IL), o presidente do Chega considerou que "se dificultar é porque governaram mal".

"E francamente, PSD e PS são a mesma coisa. Que direita? Que direita de alguém que diz que Lisboa precisa de mais imigração? Que direita de quem não consegue reconhecer que há falhas de segurança brutais e que precisamos dar mais ajuda à polícia? Que direita quando não sabe fazer a limpeza e a higiene urbana das pessoas? O que é que interessa às pessoas se é direita ou se é esquerda? O que interessa é governar bem", salientou.

André Ventura considerou que "as pessoas querem alguém que governe bem", defendendo que tanto Carlos Moedas, como a socialista Alexandra Leitão mostraram que "não sabem governar e não conseguem governar Lisboa".

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Depois, a caravana do Chega seguiu para Sintra, para um almoço privado com a cabeça de lista do Chega a este concelho, e outros candidatos, em Mem Martins, de onde Ventura é natural.

Também falando aos jornalistas antes de entrarem para o restaurante, o líder do Chega considerou que vencer este município "será certamente uma das maiores vitórias" do partido no domingo, bem como algo histórico.

Sobre a possibilidade de saída do parlamento de Rita Matias e outros deputados que são candidatos autárquicos, caso sejam eleitos presidentes de câmara, André Ventura considerou que isso obrigará a uma reorganização do grupo parlamentar, mas seria um "problema bom".

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A candidata disse que Sintra poderá ser "um tubo de ensaio": "Nós queremos que os sintrenses e que o país todo coloque os olhos aqui na governação que vamos ter para perceber como é que será um governo liderado por André Ventura".

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