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Chega quer criar universidade em parceria com instituição de Israel para desenvolver a cidade da Guarda

"A expetativa é ganhar a Câmara Municipal e entrar um novo ciclo de desenvolvimento desta terra", disse o candidato Luís Soares.

05 de outubro de 2025 às 21:15

O cabeça de lista do Chega à Câmara da Guarda propõe a criação, na cidade, da "melhor universidade" do País através de uma parceria com a Universidade de Telavive, em Israel, para iniciar um "novo ciclo" de desenvolvimento.

"A expetativa é ganhar a Câmara Municipal e entrar um novo ciclo de desenvolvimento desta terra. Nós propomos trazer para a Guarda a melhor universidade do País, isto é um desígnio que temos e também queremos desenvolver o turismo exponencialmente com aquela pérola que temos, que é o ar da Guarda, que é único na Europa", disse Luís Soares à agência Lusa.

O cabeça de lista, que contactou com eleitores nalgumas freguesias mais próximas da sede do concelho e, à tarde, se reuniu com a Associação Recreativa de Apoio Social S. Miguel da Guarda, na cidade, considerou que a campanha está a correr "muito bem" e que a recetividade às propostas do Chega tem sido "extremamente positiva".

A candidatura reservou a última semana da campanha para a cidade, onde estão dois terços dos eleitores do concelho da Guarda, e uma das propostas a apresentar é a criação de uma universidade "ao nível das melhores da Europa".

"O nosso candidato luso-israelita Eli Shefer trouxe-nos um 'feedback' muito positivo de Israel, onde esteve a fazer contactos, e temos um caminho seguro a percorrer para criar na Guarda a melhor universidade do País e uma das melhores da Europa", indicou.

"Ainda não temos a fórmula para concretizar essa proposta, mas temos que a construir, até porque vai envolver os governos dos dois países, e, em vez de seguirmos esse caminho, até podemos criar uma universidade privada. Eu já tive a oportunidade de falar com uma instituição israelita, que me transmitiu um 'feedback' muito positivo".

Para Luís Soares, o Instituto Politécnico da Guarda, "passe a expressão, está a desaparecer, como indicam os números [das colocações]", numa situação que "acompanha o que está a acontecer com a cidade, que neste momento está completamente em desagregação".

"As instituições funcionam com cada vez menos pessoas e, não havendo pessoas, elas deixam de cumprir as suas funções, ou então fica muito caro mantê-las", apontou.

O candidato do Chega considerou que é preciso "abandonar a política do betão, do alcatrão e da carne assada, porque num futuro próximo, se não for com as políticas da nossa candidatura, pode não haver gente para transitar no alcatrão que se anda a colocar".

Sobre a campanha e resultados eleitorais, o candidato manifestou-se convicto de que cada vez mais o Chega tem o apoio das pessoas e irá "fixar, no mínimo", naquelas freguesias, os votos que teve na eleição para a Assembleia da República.

Se for eleito presidente da Câmara da Guarda, Luís Soares também quer iniciar, juntamente com as restantes autarquias do País, o processo de municipalização das decisões.

"No nosso território, no que é decisivo para o nosso desenvolvimento, temos que ser nós a decidir, não temos que estar à espera do Estado central para decidir por nós", justificou.

Na sua opinião, esta mudança de paradigma é "do interesse dos 308 municípios, porque representam as pessoas e conhecem as dificuldades".

Em 2021, as autárquicas foram ganhas pelo movimento independente Pela Guarda, liderado por Sérgio Costa --, que se recandidata com a coligação 'Pela Guarda' -- Nós, Cidadãos!/PPM --, com 36,2% dos votos e elegeu três vereadores.

O PSD, que perdeu a Câmara que liderava desde 2013, obteve 33,6% e também elegeu três vereadores.

O PS elegeu apenas um vereador com 17,9% dos votos, no seu o pior resultado de sempre em eleições autárquicas na Guarda.

O Chega e o CDS-PP obtiveram 2,6% dos votos, enquanto o Bloco de Esquerda conseguiu 1,6% e a CDU não foi além dos 1,3%.

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