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Candidato do ADN no Porto quer Mercado do Bolhão moderno sem perder identidade

Frederico Duarte Carvalho recusou uma gestão como se fosse o Centro Cultural de Belém.

08 de outubro de 2025 às 16:40

O candidato do ADN à Câmara do Porto, Frederico Duarte Carvalho, defendeu esta quarta-feira um Mercado do Bolhão moderno, mas sem perder a sua identidade com a cidade, recusando uma gestão como se fosse o Centro Cultural de Belém.

Em declarações à Lusa, à margem de uma ação de campanha no mercado situado na baixa do Porto, o cabeça de lista do ADN considerou que o Bolhão "é, neste momento, um local de encontro dos portuenses de todo o mundo", mas que isso não deve ser confundido com a oferta dos produtos que ali podem ser encontrados.

"Estamos conscientes que isto é um mercado internacional, só que as pessoas não precisam de encontrar aqui o mesmo que encontram em qualquer mercado internacional no resto do mundo, mas sim encontrar aqui o que é de melhor do Porto com qualidade internacional", defendeu o candidato.

Frederico Duarte Carvalho apontou também problemas à forma como aquele equipamento municipal é gerido, assinalando haver uma regra que é "não cozinhar na parte da venda dos produtos frescos".

"A filosofia dos mercados, onde há esta mistura moderna, sempre foi a de que os restaurantes servem para cozinhar o que se vende na zona dos frescos. E é essa a expectativa de muitos dos turistas que nos visitam, dos novos clientes. Porque também, face à desertificação da vida no local, o mercado deixou de ter aquela vocação inicial", continuou.

Para o candidato, a identidade do Bolhão reside na "algazarra, no barulho", mas assinalou que os turistas "não se importavam de o encontrar também limpo" e não ver "pessoas sentadas nas escadas", assim arriscando a "segurança" de quem circula.

"Isto não é a boa imagem que queremos transmitir. Há que encontrar a verdade no Bolhão. E, ainda por cima, há pessoas que estão mais ligadas à cultura de CCB, Centro Cultural de Belém do que propriamente a CCB, Centro Cultural do Bolhão", criticou o cabeça de lista que assumiu o compromisso de tornar o mercado "um local do Porto, aberto ao mundo, moderno".

Para isso, prometeu, caso seja eleito presidente da Câmara do Porto no domingo, fazer da resolução das divergências entre vendedores no Bolhão uma das suas primeiras ações.

Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).

O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.

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