Autarca do PSD respondeu à socialista Alexandra Leitão, candidata pelo PS/Livre/BE/PAN à Câmara de Lisboa, que afirmou que "Carlos Moedas não está à altura do cargo que ocupa".
O presidente da Câmara de Lisboa e recandidato pela coligação PSD/CDS-PP/IL acusou este sábado o PS de quer "partidarizar e politizar" a tragédia do elevador da Glória, assegurando que o município "não falhou" no apoio às vítimas e familiares.
"Eu tenho uma tristeza enorme que um partido como o Partido Socialista sinalize um mês de uma tragédia, que nos afeta a todos, que afeta todos os lisboetas, a partidarizar e a politizar a tragédia, porque a Câmara de Lisboa não falhará nessa ajuda e não falhou nessa ajuda", afirmou Carlos Moedas, à margem de uma arruada em Alvalade, que contou com a presença de três ministros do PSD - António Leitão Amaro, Joaquim Miranda Sarmento e Margarida Balseiro Lopes -, no âmbito da campanha para eleições autárquicas de 12 de outubro.
O autarca do PSD respondeu assim à socialista Alexandra Leitão, candidata pelo PS/Livre/BE/PAN à Câmara de Lisboa, que afirmou que "Carlos Moedas não está à altura do cargo que ocupa", porque "faltou à verdade" quanto ao apoio às vítimas e familiares do acidente com o elevador da Glória.
A posição de Alexandra Leitão vem na sequência de uma reportagem da RTP, emitida na sexta-feira - dia em que fez um mês do acidente com o elevador da Glória -, em que familiares das vítimas mortais e sobreviventes do acidente relataram que nunca foram contactados pela Câmara de Lisboa, nem pela empresa municipal Carris.
Também os dois vereadores do PCP, inclusive João Ferreira, cabeça de lista pela CDU, manifestaram na sexta-feira "o seu repúdio pela alegada ausência de apoio por parte da Câmara a vítimas e familiares" e exigiram esclarecimentos a Carlos Moedas.
O descarrilamento do elevador da Glória, sob gestão da empresa municipal Carris, ocorreu no dia 03 setembro e provocou 16 mortos e duas dezenas de feridos, entre portugueses e estrangeiros de várias nacionalidades.
Em declarações hoje aos jornalistas, Carlos Moedas recusou falar de casos específicos, nomeadamente dos dois testemunhos transmitidos pela RTP, um viúvo de uma das vítimas mortais que era trabalhadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e uma mulher que ficou ferida e que aguarda uma resposta numa unidade de cuidados continuados.
"Eu não vou dar, obviamente, aqui casos concretos das pessoas, porque as pessoas estão de luto, mas um dos exemplos que é dado é de uma pessoa em que nós fomos pagar a viagem do filho dessa pessoa para vir a Lisboa ver a mãe, mas eu não vou falar sobre isso por respeito a essas pessoas", expôs, considerando que falar sobre esses testemunhos seria pôr em causa a privacidade das pessoas.
Manifestando "uma indignação enorme" pela posição assumida pelo PS, o autarca do PSD contou que na sexta-feira, no meio da campanha eleitoral, foi contactado pelo "pai de uma pessoa que morreu", que está em Manchester, em Inglaterra, que tem o seu número de telemóvel e que precisava de ajuda "numa determinada coisa": "Eu parei a campanha para dar essa ajuda."
Reforçando que a Câmara de Lisboa e a Carris têm estado "sempre a trabalhar" no apoio às vítimas e familiares, Carlos Moedas reiterou que "todas as pessoas foram contactadas", através da sua chefe de gabinete, sublinhando que recebeu familiares vindos da Coreia do Sul, Canadá, França e Inglaterra.
"Todas as pessoas foram contactadas e sabem da minha disponibilidade", frisou, dizendo que recusa politizar a tragédia, sobretudo pelas pessoas que estão de luto.
Sobre as medidas aprovadas pela Câmara na reunião extraordinária de 08 de setembro, inclusive a criação de um fundo municipal de apoio às vítimas, o social-democrata assegurou que estão a ser implementadas e reforçou que todas as pessoas estão a ter a ajuda necessária quanto a "tudo o que precisarem": "Aqui o fundo é uma formalidade."
O acidente com o elevador da Glória foi abordado em duas reuniões extraordinárias da Câmara de Lisboa, em 08 e 16 de setembro, e prevê-se agora uma nova discussão em 13 de outubro, dia seguinte às eleições autárquicas, por decisão de Carlos Moedas, com a justificação de não querer "partidarizar um tema que deve merecer todos os esclarecimentos técnicos".
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