Dando como exemplo a transformação do Largo da Maternidade Júlio Dinis numa praça que seria dotada "de um parque infantil, de um local mais pensado para jovens e adolescentes".
O cabeça de lista do Partido Liberal Social (PLS) à Câmara do Porto defendeu esta quarta-feira a transformação das praças da cidade em espaços multifuncionais e multigeracionais, num modelo de espaço público "para as pessoas".
"[As praças no Porto] acabam por ser rotundas, com carros a toda a volta, em que é inseguro para as crianças e as pessoas não estão assim tão confortáveis quanto isso. Em Espanha, vemos que esta transformação já foi feita. Há aqui um conjunto de princípios que são transponíveis para uma grande parte das praças, e não têm impacto na mobilidade automóvel tão forte quanto isso, tendo algum", explicou à Lusa Luís Tinoco Azevedo.
Defendendo "um Porto para as pessoas", transformar as praças da cidade sob os princípios que o PLS defende, de uma cidade "multifuncional e multigeracional", permitiria "ganhos em fruição dos espaços públicos gigantescos, que compensam as perdas".
Dando como exemplo, no programa eleitoral, a transformação do Largo da Maternidade Júlio Dinis, na União de Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, esta praça seria então dotada "de um parque infantil, de um local mais pensado para jovens e adolescentes, para praticar desporto, de um local para adultos, como cafés com esplanadas, e locais mais pensados para seniores", com bancos confortáveis que permitam "passar lá mais tempo".
"Outro princípio importante é que um dos lados da praça não deve ter trânsito automóvel. Esse espaço pode ser ocupado por esplanadas, o que permite uma fruição entre os adultos que podem estar em esplanadas e cafés e crianças que estão no parque infantil. Permite uma circulação mais livre de quem são as pessoas mais vulneráveis da cidade, as crianças. As cidades pensadas para as crianças são cidades pensadas para toda a gente", defendeu.
Lançando o desafio aos munícipes para que pensem com o PLS praças pela cidade, sem quantificar quantos espaços no Porto poderiam ser transformados, Luís Tinoco Azevedo, que procura fazer representar o partido criado este ano no executivo, garantiu ainda que estes espaços pensariam também noutras valências.
As casas de banho dos cafés passariam a ter fruição livre, com um acordo com a autarquia "para a limpeza dos WC em troca desse serviço" sem ter de construir nova infraestrutura.
Inspirando-se numa medida que presenciou quando vivia nos Países Baixos, também os cafés poderiam encher garrafas de água dos transeuntes, tornando acessível o acesso a água potável para todos, sem custos.
"O que estamos a lançar é um conjunto de princípios que achamos que devem ser aplicados em todas as praças em que isso é possível acontecer. (...) Conseguiríamos fechar esta rua durante um mês e montar ali umas esplanadas e ver, depois, se as pessoas gostam ou não dessa implementação, se traz ou não distúrbios ao trânsito", apontou.
Concorrem à Câmara do Porto Manuel Pizarro (PS), Diana Ferreira (CDU - coligação PCP/PEV), Nuno Cardoso (Porto Primeiro - coligação NC/PPM), Pedro Duarte (coligação PSD/CDS-PP/IL), Sérgio Aires (BE), o atual vice-presidente Filipe Araújo (Fazer à Porto - independente), Guilherme Alexandre Jorge (Volt), Hélder Sousa (Livre), Miguel Corte-Real (Chega), Frederico Duarte Carvalho (ADN), Maria Amélia Costa (PTP) e Luís Tinoco Azevedo (PLS).
O atual executivo é composto por uma maioria de seis eleitos do movimento de Rui Moreira e uma vereadora independente, sendo os restantes dois eleitos do PS, dois do PSD, um da CDU e um do BE.
As eleições autárquicas realizam-se a 12 de outubro.
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