Candidato estimou que as urbanizações que estão a ser construídas "vão aumentar o congestionamento da cidade".
O candidato do PPM/PTP à Câmara de Lisboa considera que os terrenos da antiga Feira Popular têm "uma aptidão única para ser um espaço verde", advogando que o projeto Operação Integrada de Entrecampos seja deslocado para Monsanto.
"Estamos aqui no antigo terreno da Feira Popular, que está há 27 anos em especulação pública, o que é uma vergonha. Está no centro da cidade. Tem uma aptidão única para ser um espaço verde, urbano, [na] continuação do Campo Grande e junto à estação de comboios e junto a esta zona que tem alguma centralidade", defendeu Tomaz Ponce Dentinho.
Em declarações à agência Lusa, o candidato às eleições de 12 de outubro estimou que as urbanizações que estão a ser construídas "vão aumentar o congestionamento da cidade" quando seria possível ter nesta zona um espaço verde, com os "edifícios de centralidade" a serem transferidos para Monsanto.
"Fazer uma troca, ainda com mais-valia, porque Monsanto é melhor do que aqui em termos de acessibilidade, Monsanto é melhor do que aqui em termos de disposição, de salubridade e para as pessoas que vêm da linha de Cascais. Fica muito mais central e não vai congestionar a cidade. E, portanto, isto é o que nós defendemos", anunciou.
O PPM/PTP quer "uma cidade onde as localizações estão no sítio certo", notando que passar "parte destas construções para Monsanto" permitiria também de "alguma forma reduzir o ruído que é criado pelo aeroporto.
"Há toda esta zona de cone de ruído que o aeroporto cria que tem vocação para ser arborizada, para reduzir o ruído, e não põe em causa a existência do aeroporto, que é uma das mais-valias de Lisboa", notou.
O projeto Operação Integrada de Entrecampos, apresentado em 2018, ocupa cerca de 25 hectares e prevê a construção de 700 fogos de Renda Acessível (515 construídos pelo município), um parque de estacionamento público na Avenida 5 de Outubro e 279 habitações nos terrenos da antiga Feira Popular, que serão colocadas em regime de venda livre.
Tomaz Ponce Dentinho garante que, caso seja eleito presidente da Câmara Municipal em 12 de outubro, "a primeira coisa" que vai tentar fazer é criar um espaço verde nestes terrenos em Entrecampos e "ter no espaço de Monsanto uma centralidade marcada pelo Banco de Portugal".
Em maio, o BdP anunciou que assinou contrato com a Fidelidade para adquirir um edifício nestes terrenos para futuras instalações da instituição, pelo valor de 191,99 milhões de euros.
Por entender que era para importante para Lisboa ter uma nova Feira Popular, por ser um espaço de encontro das pessoas, o candidato do PPM/PTP aponta o Parque Papa Francisco, onde decorreu a Jornada Mundial da Juventude, como o local ideal.
"De facto, é um terreiro junto ao Tejo, valoriza o Tejo, promove que o Tejo seja convenientemente tratado, tem uma acessibilidade grande e tem espaço. [...] Acho que há ali aquela variabilidade, é preciso ordenar aquilo e não ficar à espera como ficou aqui a Feira Popular durante tanto tempo", concluiu.
Além de Ponce Dentinho, concorrem à Câmara de Lisboa o atual presidente Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL), Alexandra Leitão (PS/Livre/BE/PAN), João Ferreira (CDU-PCP/PEV), Bruno Mascarenhas (Chega), Ossanda Líber (Nova Direita), José Almeida (Volt), Adelaide Ferreira (ADN) e Luís Mendes (RIR).
Atualmente, o executivo municipal integra sete eleitos da coligação "Novos Tempos" - PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança, sete eleitos da coligação "Mais Lisboa" - PS/Livre, dois da CDU e um do BE.
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