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PS diz que execução do Governo chega a estar “abaixo dos 30 por cento”

Líder socialista promete relatório para mostrar falhas no cumprimento de promessas do Executivo.

08 de outubro de 2025 às 01:30

Junto à saída do cais em Cacilhas, José Luís Carneiro é parado por um morador de Almada. Tem ao lado a presidente e candidata, Inês de Medeiros. “Continuamos com a mesma situação do costume”, diz ao fazer referência às quebras de luz devido às puxadas ilegais que iluminam bairros construídos ilegalmente. “O problema é que o Governo tem de agir”, diz a autarca, que acusa o Executivo de não dar respostas. Os bairros ilegais crescem em terrenos públicos. “O Primeiro-ministro não tem autoridade moral”, atira José Luís Carneiro. “Em Loures é igual”, acrescenta. Na habitação, o Secretário-geral do PS volta a sublinhar que “são assuntos que podem tornar-se explosivos”.

A paragem seguinte foi o hospital Garcia de Orta. Carneiro acusa Montenegro de “sobranceria e altivez” já que não cumpriu o prometido na saúde. “O primeiro responsável é o Primeiro-ministro” porque “decidiu manter uma ministra que estava sem autoridade”. Mas o socialista tinha uma intenção: “Vou apresentar um relatório do que foi executado por parte do Governo” em relação aos planos de ação. Não revela os dados para não ser acusado de “eleitoralismo”. Mas na véspera, em Espinho, já tinha ensaiado ao que vinha. Disse que em Portugal os políticos cumprem 70 por cento das promessas eleitorais. Um 'elogio' para todos que nem durou 24 horas, uma vez que, com insistência, deixou sair um valor: “Os planos do Governo estão abaixo dos 30 por cento... [os 30] que vão dos 70 até aos 100”, diz de forma irónica. Ou seja, o PS anunciará que em algumas promessas eleitorais, o Governo executa menos de 30 por cento.

Ainda assim, Carneiro mantém a aposta na “estabilidade política”. Em Sesimbra considera que o PS tem “maior mobilização” e que só no fim de semana contactou “com seis a sete mil pessoas em ações diretas”. E ao leme de um barco, em alto mar, o Secretário-geral do PS diz que “se [a legislatura] são três anos” não é ele a decidir. Tanto mais que a “política tem muita imprevisibilidade mas “que tem de se estar sempre preparado”.

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