Paulo Raimundo salientou que a CDU não foge de "nenhum assunto", nem de "nenhum problema".
O secretário-geral do PCP afirmou esta quinta-feira que quem quiser "barulho e gritaria" nas autarquias tem "muitas cores onde depositar o voto", mas quem quiser "gente séria, ligada à realidade" e um voto "para construir", deve votar na CDU.
"Quem quiser que haja muito barulho, muita gritaria, muito teatro e muita conivência com as opções erradas, tem muito espaço onde votar, muitas cores onde depositar o voto. Mas quem quiser gente séria, ligada à realidade, para denunciar, mas também para construir, aqui está a CDU", afirmou Paulo Raimundo num discurso no final de uma arruada em Odivelas, distrito de Lisboa.
Num discurso em que deixou várias mensagens aparentemente alusivas ao Chega, que nunca mencionou diretamente, Paulo Raimundo salientou que a CDU não foge de "nenhum assunto", nem de "nenhum problema", e reconheceu que a população de Odivelas "enfrenta de facto um problema de insegurança".
"A insegurança em conseguir manter uma habitação e arranjar uma casa para viver. A insegurança em aguentar o aumento do custo de vida que não para de aumentar. A insegurança dos pequenos e médios comerciantes, do salário demasiado curto, da falta de transportes, da falta de horários, da pobreza, da injustiça e das desigualdades", afirmou.
O secretário-geral do PCP defendeu que essas é que são "as principais dificuldades", considerando que, se não se resolverem esses problemas de insegurança, "não vale a pena estar a falar da outra", associada à criminalidade, porque "advém destes problemas de fundo".
Depois, Paulo Raimundo defendeu que a CDU pode andar de "rosto erguido e cara levantada", mas fez um 'mea culpa'.
"Nós, com muitas dificuldades, precisávamos de ir mais longe, precisávamos de ter feito mais, é verdade. Se há alguém que não está satisfeito com aquilo que fizemos, somos nós próprios. Mas, apesar disso tudo, lá estivemos onde era preciso estar, ao pé das populações, dos seus problemas, a animar, a dar confiança, a mobilizar", disse.
O secretário-geral do PCP fez este discurso pouco depois de ter feito uma arruada pelas ruas de Odivelas, onde, sob o som constante de bombos e os cânticos de algumas dezenas de militantes, distribuiu folhetos, entrou em estabelecimentos comerciais e tirou algumas fotografias com apoiantes.
No final, no seu discurso, Paulo Raimundo abordou as especificidades do concelho de Odivelas, um dos mais pequenos a nível nacional, defendendo que "não pode continuar a ser um dormitório, ainda por cima um dormitório onde se dorme cada vez mais caro".
"Odivelas tem uma identidade própria e é preciso resgatar essa mesma identidade", defendeu, frisando que é necessário "cuidar do espaço urbano", "garantir a limpeza urbana", o "reforço de transportes públicos" e que as obras não sejam feitas "apenas a três semanas das eleições".
"De há três semanas a esta parte, é só obra. Mais valia haver eleições todos anos, porque assim a obra estava feita de um dia para o outro", disse.
Esta mensagem foi igualmente partilhada pelo candidato da CDU à Câmara Municipal de Odivelas, Florentino Serranheira, que defendeu que é necessária "uma autarquia competente e rigorosa" e acusou o PS de estar "escondido atrás dos seus gabinetes, quer na Câmara Municipal, quer nas juntas de freguesia".
"É um facto que apenas nos últimos 15 dias é que temos visto obras em Odivelas. Odivelas tem estado abandonada, suja, degradada e, de repente, em tempo de eleições, eis senão quando aparecem as tentativas de apelo ao voto do PS", criticou.
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