Averiguação preventiva aberta pela PGR à empresa familiar de Luís Montenegro, a Spinumviva, entrou no debate da campanha para as eleições.
A averiguação preventiva aberta pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à empresa familiar de Luís Montenegro, a Spinumviva, entrou no debate da campanha para as eleições autárquicas, tal como tinha acontecido antes das legislativas de maio passado.
"Estou completamente tranquilo, embora absolutamente estupefacto e mesmo revoltado com o teor das notícias, que a virem de alguém ligado ao processo configuram uma situação que é uma pouca vergonha, de uma deslealdade processual, democrática, que é intolerável e que eu não aceito de maneira nenhuma", reagiu o presidente do PSD na noite de terça-feira, quando se encontrava em campanha em Albufeira.
Horas antes, a revista Sábado e a CNN Portugal noticiaram que procuradores e elementos da PJ querem que a PGR abra um inquérito crime para aprofundar as suas investigações à empresa Spinumviva. Em comunicado, a PGR esclareceu depois que a averiguação preventiva está em curso e que o Ministério Público "aguarda ainda documentação que carecerá de análise".
Esta terça-feira, ao início da tarde, em Castelo Branco, o presidente do PSD foi novamente interrogado pelos jornalistas sobre a controvérsia em torno da averiguação preventiva à Spinumviva por parte da PGR. E deixou um recado: Assim como ele deve prestar todos os esclarecimentos diretamente ao Ministério Público, também espera que este órgão fale consigo diretamente e não através da imprensa.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, reagiu a este caso de forma cautelosa, dizendo que "o primeiro-ministro, quando chegar a hora, deve dar as explicações que as autoridades lhe solicitarem".
"Nestas matérias, o mais importante é mantermos um sentido de Estado. O sentido de Estado é confiar nas instituições da justiça, confiar na justiça e evitar precipitações", defendeu.
Ao contrário do secretário-geral socialista, os líderes do PCP, Livre e Bloco de Esquerda insurgiram-se contra as críticas feitas por Luís Montenegro aos tempos da justiça relativamente ao caso da sua empresa familiar.
"Se o primeiro-ministro está a querer levantar suspeitas sobre os tempos da Justiça, ele tem de assumir essa responsabilidade, vai de ter de responder sobre isso", declarou Paulo Raimundo esta manhã em Beja, durante uma ação da CDU, já depois de ter advogado que Luís Montenegro já se devia ter demitido das funções de primeiro-ministro antes das eleições legislativas.
Em Oeiras, distrito de Lisboa, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, acusou o primeiro-ministro de não conseguir "manter uma história certa do princípio ao fim". Na mesma ação de campanha do porta-voz do Livre, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, considerou que o caso Spinumviva vai perseguir Luís Montenegro e a sua credibilidade.
No Sabugal, no distrito da Guarda, o presidente do Chega criticou Luís Montenegro por estar "a arrastar a situação" sobre a empresa Spinumviva ao não prestar todos os esclarecimentos e advertiu que não pode ter tratamento privilegiado por desempenhar as funções de primeiro-ministro.
"Continuamos a ter no país um primeiro-ministro que está sob suspeita de crimes graves. Isto são crimes graves, crimes de idoneidade em relação ao exercício da função pública", sustentou André Ventura.
Esta linha de crítica por parte do Chega não foi seguida pela presidente da Iniciativa Liberal, Mariana Leitão. Em Paços de Ferreira, no distrito do Porto, defendeu a tese de que a PGR, oficialmente, parece não pretender avançar para a abertura de um inquérito crime à atividade da empresa Spinumviva.
Mariana Leitão pediu ainda que não haja qualquer "tipo de interferência" na ação do Ministério Público sobre o caso Spinumviva e disse respeitar as averiguações em curso.
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