Tavares recorda trajeto da "senhora ministra" Mendes Godinho e quer ganhar Sintra

Outro dos temas recordado pelo líder do Livre foi a majoração "em vários anos" do abono de família para agregados monoparentais.

30 de setembro de 2025 às 20:07
Rui Tavares Foto: DR
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O porta-voz do Livre Rui Tavares recordou, esta terça-feira, vários 'dossiers' sobre os quais trabalhou com a antiga ministra do Trabalho Ana Mendes Godinho, manifestando-se confiante de que a socialista será a próxima presidente da Câmara Municipal de Sintra.

"O objetivo aqui em Sintra é ganhar Sintra, isso é muito claro", afirmou Rui Tavares, porta-voz do Livre, que, esta terça-feira, participou numa arruada de campanha para as eleições autárquicas de 12 de outubro na freguesia de Agualva, concelho de Sintra, juntamente com a candidata à autarquia Ana Mendes Godinho pela coligação PS/Livre.

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Ladeado pela antiga governante, que tutelou a área do Trabalho e Segurança Social nos executivos de António Costa, Rui Tavares recordou interações que teve enquanto deputado com a então "senhora ministra" sobre várias matérias legislativas.

"Desde que começámos a trabalhar com ela, a Ana para mim era a «senhora ministra» e o que dizíamos era «senhora ministra, é preciso ajudar as vítimas de violência doméstica a poder quebrar o ciclo de violência e a poderem ter autonomia financeira». Ninguém tinha ideias concretas acerca de como fazer isto e juntos criámos o subsídio de desemprego para vítimas de violência doméstica", lembrou.

Outro dos temas recordado pelo líder do Livre foi a majoração "em vários anos" do abono de família para agregados monoparentais.

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"E depois, a cada medida que íamos fazendo, como o projeto-piloto da semana [laboral] de quatro dias, já não era tanto a ministra, era a Ana que gostava de fazer estas coisas", acrescentou.

O porta-voz do Livre alertou para "uma luta renhida" num "dos maiores concelhos do país", num momento em que várias sondagens colocam Mendes Godinho, Marco Almeida (pelo PSD/CDS-PP/PAN) e Rita Marias (Chega) com resultados aproximados.

"Qualquer desperdício de votos aqui significa que num empate a três nós podemos ter más notícias, que não seriam só más notícias para os sintrenses, seriam más notícias para o país como um todo. Ganhar uma política que não é feita a elevar o debate, a pôr as pessoas sempre à frente e acabar por sair na rifa ou na raspadinha, uma candidatura ou uma presidência que rebaixe a política a um nível onde nós não a queremos ter", afirmou.

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Além de Sintra, Tavares traçou cenários de vitória em Lisboa (onde o partido concorre coligado com PS, BE e PAN numa lista encabeçada por Alexandra Leitão) e em Coimbra (autarquia que conta com uma coligação entre Livre, PS, PAN e os independentes Cidadãos por Coimbra, com Ana Abrunhosa como número um).

A comitiva de cerca de cem pessoas visitou, antes da arruada, a Escola Secundária Ferreira Dias, e seguiu depois caminho pela Avenida dos Bons Amigos.

No périplo, animado pela música de campanha de Mendes Godinho - "Ó Ana, ó Ana, ser presidente de um concelho com futuro é a tua paixão" - também participou Isabel Mendes Lopes, dirigente com quem Tavares divide a liderança do partido, e o socialista João Soares, 'número um' da lista à Assembleia Municipal de Sintra pela coligação.

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Concorrem à Câmara de Sintra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), Marco Almeida (PSD/IL/PAN), Pedro Ventura (CDU, coligação PCP/PEV), Maurício Rodrigues (CDS-PP/PPM/ADN), Rita Matias (Chega), Tânia Russo (BE) e Júlio Gourgel Ferreira (ND).

Atualmente, o executivo, presidido por Basílio Horta, que cumpriu três mandatos e não se pode recandidatar, é composto por cinco eleitos do PS, três do PSD, um do CDS-PP, um da CDU e um independente (ex-Chega).

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