COP30: Aumento da poluição complica desafio climático

Brasil recusa parar prospeção de petróleo na foz do rio Amazonas.

10 de novembro de 2025 às 01:30
Em Belém do Pará está tudo a postos para a COP30
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A COP30 arranca com a pior informação face aos desafios climáticos propostos: a poluição atinge valores nunca vistos. A reunião dos 198 países signatários da Convenção sobre a Mudança do Clima tem de encontrar soluções até dia 21 para reduzir os níveis de poluição e cumprir as metas definidas para 2030. O ano de 2024 representou o pior ano na produção de dióxido de carbono (CO2) a partir da queima de combustíveis fósseis ou de incêndios florestais.

O CO2 é um dos principais gases de efeito de estufa responsáveis pelo aquecimento global e pelas alterações climáticas. A acumulação na atmosfera resulta na subida da temperatura, causando eventos climáticos extremos, como o degelo dos polos, consequente subida do nível do mar, chuvas intensas ou ondas de calor que dão origem a incêndios florestais. Para travar estas catástrofes é necessário reduzir o consumo de combustíveis como o carvão ou o petróleo. Mas o próprio país organizador da COP30 recusa esta solução. Várias organizações não governamentais criticam o Governo brasileiro pela aposta na extração de petróleo numa zona sensível como a costa amazónica e apresentaram uma ação na Justiça brasileira para anular a licença de pesquisa de petróleo na área da foz do rio Amazonas.

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Em paralelo, o Brasil quer liderar o combate à desflorestação, com base no Fundo de Florestas. Portugal anunciou aplicar um milhão de euros neste fundo. A ministra do Ambiente, Maria Graça Carvalho, admite, contudo, que as contribuições globais para a redução dos gases de efeito de estufa estão “muito aquém” dos objetivos. “Espero que se consiga um esforço adicional”, referiu.

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