Ministra do Ambiente defende que nova proposta de acordo da COP30 "não é suficientemente ambiciosa"

Esta sexta-feira decorre o último dia da COP30, em Belém, no Brasil.

21 de novembro de 2025 às 13:26
Ministra do Ambiente Foto: Filipe Amorim/Lusa
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A ministra do Ambiente defendeu esta sexta-feira que a nova proposta da presidência brasileira da COP30 "não é suficientemente ambiciosa" na mitigação e não contém uma "referência explícita" ao abandono dos combustíveis fósseis, mas manifestou esperança num "acordo ambicioso".

"Tivemos a reunião de coordenação da União Europeia a analisar o documento e a posição da União Europeia é que o documento não é suficientemente ambicioso na mitigação, na redução das emissões, e não tem uma referência explícita ao diminuir dos combustíveis fósseis", afirmou à Lusa Maria da Graça Carvalho em Belém, Brasil, onde decorre a conferênca da ONU sobre as alterações climáticas.

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No último dia da COP30, a ministra portuguesa manifestou a esperança de que seja possível chegar a um acordo "que tenha alguma ambição, que seja ambicioso".

A presidência brasileira da COP30 publicou esta sexta-feira uma nova proposta de acordo, que não contém qualquer referência ao abandono dos combustíveis fósseis, questão que tinha sido exigida por dezenas de países.

Ao longo das sete páginas da proposta da presidência da 30.ª conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP30), intitulada Mutirão Global: Unindo a humanidade em uma mobilização mundial contra as mudanças climáticas e publicada esta sexta-feira  de madrugada, não há uma única referência aos combustíveis fósseis.

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A necessidade de uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis foi mencionada oficialmente pela primeira vez na COP28 no Dubai, sem clarificar como nem quando, mas o Presidente brasileiro lançou logo na abertura da COP30.

A ideia de um roteiro para o abandono e o primeiro rascunho apresentado na terça-feira pelo Brasil apresentava opções a serem negociadas.

No entanto, o texto esta sexta-feira conhecido, publicado no último dia oficial da conferência, limita-se a reconhecer os "níveis recordes de capacidade global de energia renovável e investimentos em energia limpa".

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Mais de trinta países escreveram na quinta-feira à presidência brasileira da conferência climática da ONU (COP30) a pedir que incluísse um roteiro para a eliminação gradual das energias fósseis, segundo um texto citado pela France-Presse

"Estamos profundamente preocupados com a proposta atual, a aceitar ou a rejeitar", escrevem a Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha, entre mais de três dezenas de países, de acordo com uma lista fornecida pela delegação colombiana à AFP.

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