Nova proposta de acordo na COP30 sem referência a roteiro para o fim dos combustíveis fósseis
Questão tinha sido exigida por dezenas de países. Ideia de um roteiro para o abandono e o primeiro rascunho apresentado na terça-feira pelo Brasil apresentava opções a serem negociadas.
A presidência brasileira da COP30 publicou esta sexta-feira uma nova proposta de acordo, que não contém qualquer referência ao abandono dos combustíveis fósseis, questão que tinha sido exigida por dezenas de países.
Ao longo das sete páginas da proposta da presidência da 30.ª conferência da ONU sobre alterações climáticas (COP30), intitulada Mutirão Global: Unindo a humanidade em uma mobilização mundial contra as mudanças climáticas e publicada esta sexta-feira de madrugada, não há uma única referência aos combustíveis fósseis.
A necessidade de uma transição para o abandono dos combustíveis fósseis foi mencionada oficialmente pela primeira vez na COP28 no Dubai, sem clarificar como nem quando, mas o Presidente brasileiro lançou logo na abertura da COP30.
A ideia de um roteiro para o abandono e o primeiro rascunho apresentado na terça-feira pelo Brasil apresentava opções a serem negociadas.
No entanto, o texto hoje conhecido, publicado no último dia oficial da conferência, limita-se a reconhecer os "níveis recordes de capacidade global de energia renovável e investimentos em energia limpa".
Mais de trinta países escreveram na quinta-feira à presidência brasileira da conferência climática da ONU (COP30) a pedir que incluísse um roteiro para a eliminação gradual das energias fósseis, segundo um texto citado pela France-Presse
"Estamos profundamente preocupados com a proposta atual, a aceitar ou a rejeitar", escrevem a Colômbia, França, Reino Unido, Alemanha, entre mais de três dezenas de países, de acordo com uma lista fornecida pela delegação colombiana à AFP.
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