Mulheres são as mais afetadas pela Covid-19
Mortalidade é equilibrada entre os dois géneros, mas o masculino regista mais mortes por coronavírus.
As mulheres são mais atingidas pelo novo coronavírus do que os homens. A conclusão é extraída do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde.
Esta segunda-feira o documento dava conta de um total de 54 234 casos de infeção no País, dos quais 29 899 são referentes ao género feminino. Feitas as contas, as mulheres infetadas representam 55,1% do total de casos. O boletim revela que, à exceção da faixa etária dos 0 aos 9 anos, o género feminino é sempre o mais afetado.
"Para já ainda não existe evidência científica para explicar, com certeza, esta assimetria na incidência. Penso que a atividade profissional poderá ser uma explicação possível. Há muitas profissões, de grande exposição ao vírus, em que a maioria dos trabalhadores são mulheres", revela ao Correio da Manhã o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia.
Em termos gerais, há uma maior predominância do género feminino em determinadas classes profissionais, como a Saúde, por exemplo - os trabalhadores desta área estão particularmente expostos. Também o papel de ‘cuidador’, ao nível familiar, está, na maioria das vezes, por conta das mulheres.
Os dados mostram, no entanto, uma incidência diferente na mortalidade. Neste parâmetro, os números são relativamente equilibrados, ainda que as mulheres mostrem uma maior resistência ao vírus. Até esta segunda-feira, o novo coronavírus tinha feito 1779 vítimas mortais. Os homens representavam 50,3% do total de óbitos registados. A situação é transversal a praticamente todo o Mundo.
Um estudo publicado na revista ‘Seminars in Immunopathology’ admite que as mulheres são, regra geral, "capazes de ter uma resposta imunitária mais vigorosa perante a infeção ou a vacinação". Por outro lado, os homens são mais "resistentes" a doenças autoimunes.
Aplicação móvel de rastreio a infetados inicia testes
Portugal tem, desde esta segunda-feira, mais uma ferramenta de combate à Covid-19: a aplicação móvel ‘StayAway Covid’, cujos testes de segurança foram esta segunda-feira iniciados e deverão estar terminados dentro de duas semanas, revelou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.
A ferramenta vai ter duas versões - iOS e Android - e avisará os utilizadores caso estejam próximos de alguém infetado.
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