Transporte aéreo inter-ilhas estavam suspensas desde 29 de março devido à pandemia da Covid-19.
A Transportes Interilhas de Cabo Verde (TICV) prevê transportar 282 passageiros esta quarta-feira, em voos da Praia para três ilhas, no primeiro dia da retoma das ligações aéreas domésticas, suspensas desde 29 de março devido à covid-19.
À agência Lusa, Luís Quinta, diretor-geral da TICV (ex-Binter CV), única companhia aérea que opera as ligações domésticas em Cabo Verde, explicou que estão previstos seis voos nesta quarta-feira (ida e volta), da Praia para as ilhas do Sal, São Nicolau e São Vicente.
"Estimamos transportar 282 passageiros neste dia, correspondendo a 70% de ocupação. É algo que já vinha ao encontro das nossas previsões para a primeira semana. Estamos a prever que a ocupação baixe no fim dos primeiros quatro dias de retoma e até ao regresso dos voos internacionais", avançou o responsável.
Luís Quinta explicou que, até ao final de julho, a companhia programou 82 voos a ligar as várias ilhas do arquipélago, o que representa "apenas 15% do número de voos quando comparado com julho de 2019", antes da pandemia de covid-19.
"O facto de ainda não haver voos internacionais também pode causar perturbações na programação, uma vez que muitos dos passageiros esperados neste mês talvez ainda não estejam em Cabo Verde", admite.
Desde 29 de março que as ligações aéreas interilhas estavam suspensas em Cabo Verde, quando foi decretado o primeiro período de estado de emergência. O regresso dos voos internos chegou a estar previsto para 30 de junho, mas foi adiado por decisão do Governo, devido à situação epidemiológica do país.
Os voos foram retomadas ao início da manhã desta quarta-feira, com a partida de um avião da Praia para a ilha do Sal, e regresso à capital.
Contudo, conforme determinou o Governo, os passageiros das ligações com saída da Praia e do Sal, os dois principais focos da pandemia de covid-19 no arquipélago, passam a estar obrigados a apresentar um teste negativo para o novo coronavírus feito com uma antecedência mínima de 72 horas.
"Os testes rápidos obrigatórios, eventualmente, podem contribuir para um tipo de despiste aos passageiros e dar segurança nas ilhas de destino. Esperamos que as delegacias de saúde criem condições para fazer os testes nos dois respetivos aeroportos obrigatórios, para que o passageiro tenha esta opção, poupando assim o seu tempo", apelou o responsável da companhia aérea.
Luís Quinta admite que nestes primeiros dias possam existir "alguns atrasos" nas partidas, face às novas exigências sanitárias, tendo a companhia optado por, nos voos do período de 15 a 31 de julho, não cobrar por alterações de viagens: "Desde que a mudança tenha sido provocada pela apresentação de testes e/ou declarações de saúde, exatamente para minimizar em parte o impacto destas medidas nos nossos passageiros".
Admite que a TICV está a contar, desde já, "com uma quebra grande de passageiros", que justifica essencialmente com a falta de voos internacionais, que deveriam ter sido retomados este mês, mas que o Governo decidiu adiar para agosto, devido ao crescimento de casos de covid-19.
"É essencial para todo o nosso setor, e creio que para muitos outros setores, que os voos internacionais retomem. A TICV vai assegurar ligações domésticas seguras como sempre e esperamos que esse seja o ponto de partida para que a retoma dos voos internacionais seja feita em segurança também e o mais breve possível", concluiu.
A TICV investiu nos últimos quase cinco anos 13 milhões de euros nas ligações aéreas cabo-verdianas, empregando 140 pessoas.
A companhia realizava, na época alta, até 28 voos diários nas ligações entre as ilhas cabo-verdianas e atingiu em 2019 um milhão de passageiros transportados em Cabo Verde.
Antes da suspensão, as ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago eram garantidas pela TICV com nove rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros.
Cabo Verde regista um acumulado de 1.779 casos de covid-19 desde 19 de março, com 19 óbitos, mas 850 já foram dados como recuperados.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 574 mil mortos e infetou cerca 13,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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