Partido conseguiu eleger um eurodeputado para o Parlamento Europeu.
O secretário-geral do PCP manifestou-se este domingo "muito satisfeito" com a eleição de um eurodeputado da CDU, salientando que foi alcançada apesar de uma "campanha de menorização" da sua candidatura, mas reconheceu que "não corresponde ao necessário".
"A confirmação da eleição do deputado da CDU para o Parlamento Europeu reveste-se de particular significado, ainda que não corresponda ao que seria necessário para uma maior expressão da defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e de Portugal nessa instituição parlamentar", afirmou Paulo Raimundo num hotel lisboeta onde está a decorrer a noite eleitoral da CDU.
O secretário-geral do PCP defendeu que o resultado da CDU tem particular significado tendo em conta que foi alcançado "no quadro de uma prolongada campanha de menorização" e de "silenciamento" da sua candidatura, que era apresentada "como a força que não ia eleger".
"Alguns hoje pensavam que hoje iam calcar o desaparecimento da CDU, enganaram-se porque o povo não permitiu que isso acontecesse", disse.
Com o ex-secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa a ouvi-lo na primeira fila, Paulo Raimundo reconheceu que a CDU gostaria de ter conseguido eleger mais eurodeputados - salientando que isso é "uma evidência" -, mas acrescentou que o resultado deste domingo dá "confiança redobrada" à coligação.
"Estamos muito confiantes e satisfeitos como resultado que obtivemos. É um grande contributo para a nossa luta, para nosso povo e para os trabalhadores", disse, acrescentando que são também um sinal de que "é possível, mesmo num quadro muito difícil, ultrapassar as dificuldades" e de que "há espaço para alargar, para confiar".
Saudando "a coragem dos que confiaram o seu voto na CDU", Paulo Raimundo garantiu-lhes que "esse voto não vai ser desperdiçado" e "vai ser usado para o que der e vier", designadamente "pelos salários, pelas reformas, pela saúde, pela liberdade, pela democracia, pelo ambiente e pela paz".
"A eleição do deputado da CDU representa a garantia da continuação de um trabalho que, ao longo das últimas décadas, não encontra paralelo em nenhuma outra força política em defesa dos interesses dos trabalhadores do povo e do país, e de uma Europa de paz e cooperação", assegurou.
O líder do PCP salientou que o resultado foi alcançado "depois de uma campanha em que alguns, mais do prestar contas sobre o seu trabalho realizado no Parlamento Europeu, procuraram amarrar a temas supostamente europeus, deliberadamente escolhidos para iludir a relação das consequências do que representam com os problemas concretos que marcam a vida dos trabalhadores e do povo".
Paulo Raimundo disse que "foi com grande esforço, grande empenho, muito contacto, muito esclarecimento, contra ventos e marés" que a CDU conseguiu construir o seu resultado, salientando que isso tem um "significado extraordinário".
"Ainda que os que davam por certo o desaparecimento da CDU vão procurar certamente apressar-se para apresentar como derrota a conquista de um mandato. Isso não ilude o valor do reconhecimento de tantos eleitores que, nestas circunstâncias muito adversas, confirmaram e alargaram o voto na CDU", disse.
Sobre o crescimento da extrema-direita, Paulo Raimundo disse que a CDU tem-na combatido "olhos nos olhos", lamentando que "nem todos tenham seguido o diapasão dessa luta" e recomendando-lhes que "não lhe deem gás, não metam mais gasóleo na fogueira".
Questionado sobre o que é que explica o seu crescimento a nível europeu, o líder do PCP respondeu: "O que explica é os governos prometerem, prometerem, e não resolverem nada da vidas das pessoas".
"Pior, não só não resolvem, como criam ilusões que não correspondem à realidade da vida das pessoas e depois alimentam essas forças e utilizam todos os meios ao seu dispor para as promover", disse.
Por sua vez, o cabeça de lista da CDU às europeias, João Oliveira disse que a coligação continuará a lutar no Parlamento Europeu "pelos salários, pensões, saúde, habitação, educação, defesa da produção nacional e dos setores produtivos, por um Portugal mais democrático, desenvolvido e soberano, numa Europa de paz, progresso social e cooperação".
"Quero apenas dizer-vos que a voz do povo continuará a fazer-se ouvir no Parlamento Europeu, com a intervenção decisiva e distintiva da CDU", disse.
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