Cotrim Figueiredo considera desnecessária demissão após esclarecimento do ministro da Educação

Candidato presidencial considera que "declaração manifestamente infeliz" ficou esclarecida após justificações de Fernando Alexandre.

17 de dezembro de 2025 às 13:36
João Cotrim Figueiredo Foto: Tiago Sousa dias
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O candidato presidencial Cotrim Figueiredo afirmou, esta quarta-feira, que o ministro da Educação fez uma "declaração manifestamente infeliz" sobre residências públicas de estudantes, mas considerou-se esclarecido após justificações de Fernando Alexandre, afastando a necessidade de "outra ação" política.

"O ministro teve uma declaração manifestamente infeliz, mas que teve o mérito de depois vir rapidamente tentar esclarecer e, de facto, das várias intervenções públicas que já o ouvi fazer depois disso, eu considero-me esclarecido e não penso que seja necessária outra ação do tipo político", defendeu o candidato às eleições presidenciais João Cotrim Figueiredo, questionado pelos jornalistas, após uma visita a um quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

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Na terça-feira, o ministro da Educação, Fernando Alexandre, defendeu que as residências públicas devem ter alunos de vários estratos sociais, caso contrário, dando prioridade aos bolseiros, irão degradar-se mais rapidamente.

Posteriormente, em declarações na RTP-Notícias, o ministro considerou que as suas palavras foram descontextualizadas: "O que eu disse é que, quando tenho um serviço público que é usado apenas por pessoas que não têm voz, que são de rendimentos mais baixos, por razões de gestão, o serviço se degrada", disse Fernando Alexandre.

O candidato às eleições presidenciais apoiado pela IL destacou a "visão particularmente moderna do que deve ser o sistema de ensino" de Fernando Alexandre, relativamente à autonomia das escolas, revisão de currículos e outras matérias, e incentivou o ministro a "continuar a senda dessa reforma, porque é preciso bastante mais".

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Cotrim Figueiredo afirmou não ser adepto de pedidos de demissão de ministros e não o faria enquanto Presidente da República, ao contrário de Marcelo Rebelo de Sousa que, por exemplo, defendeu a demissão do antigo ministro das Infraestruturas João Galamba.

"A composição do Governo é da responsabilidade do primeiro-ministro e, portanto, será ao primeiro-ministro que compete não só escolher, mas também demitir os ministros e os secretários de Estado, quando assim entende fazê-lo", apontou o candidato.

Para Cotrim Figueiredo, ao Presidente da República, compete garantir condições de estabilidade e cooperação com a ação de qualquer Governo que esteja em função, "e isso não se compadece com declarações públicas de tirar tapetes a ministros ou a secretários de Estado".

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