Cotrim Figueiredo recusa ser elitista e realça que tem crescido nas sondagens
Candidato presidencial diz que o tema da transparência "não deve inquinar toda a campanha".
O candidato presidencial João Cotrim Figueiredo recusou este sábado ser elitista, realçou que a sua candidatura é a única que tem crescido nas sondagens e defendeu que o tema da transparência "não deve inquinar toda a campanha".
Estas foram algumas das posições que o candidato apoiado pela Iniciativa Liberal (IL) transmitiu aos jornalistas, no Funchal, junto ao Mercado dos Lavradores, onde contactou com comerciantes e a população em geral, aproveitando igualmente para comprar algumas tangerinas da Madeira.
João Cotrim Figueiredo referiu que as sondagens que têm sido publicadas demonstram que "existe uma real possibilidade de chegar à segunda volta" e que a sua candidatura é a única que "tem mostrado sinais de crescimento".
Questionado sobre se é um candidato elitista, como é frequentemente acusado, rejeitou, apontando que "elitistas são aqueles que defendem os interesses das elites em Portugal e que não querem que nada mude".
"Eu acho que os interesses instalados em Portugal são um dos motivos pelos quais Portugal não tem conseguido desenvolver-se ao mesmo ritmo de outros países e eu, como Presidente da República, serei certamente um dos menos agradáveis para os interesses instalados. Não sou, de facto, um candidato virado para as elites", afirmou.
Sobre a questão da transparência, que tem dominado o debate político dos últimos dias, Cotrim Figueiredo considerou que o tema "não deve inquinar toda a campanha, deve ser apenas um princípio e um requisito".
"Todos os candidatos que pedem a confiança das pessoas devem estar disponíveis para merecer essa confiança. Eu sabia que isto ia ser assim e optei por fazer uma coisa relativamente incómoda, que é publicar um livro autobiográfico com toda a minha experiência de vida, incluindo a profissional, com algum detalhe", referiu.
O candidato acrescentou ainda que está "na vida política há sete anos" e já apresentou diversas declarações de rendimento e de interesses, assegurando que estão disponíveis para o escrutínio.
Relativamente à Madeira e à autonomia, disse que a região não tem aproveitado até ao limite o seu estatuto ultraperiférico, nomeadamente no que diz respeito aos impostos, algo que, enquanto presidente da República, levará "muito a peito".
Afirmou ainda o chefe de Estado tem obrigação de estar em contacto com todas as instituições portuguesas, incluindo a sociedade civil e os governos das regiões autónomas, de forma a estar a par dos problemas e das necessidades do país.
O seu adversário Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD e pelo CDS-PP, tem o apoio do presidente do executivo madeirense e dos sociais-democratas insulares, Miguel Albuquerque, mas Cotrim Figueiredo acredita que pode vencê-lo na região, referindo que tem recebido mensagens de apoio de pessoas do PSD/Madeira.
Questionado se a juventude é importante para a sua eleição, o candidato disse contar com eles para preparar o futuro, mas salientou que conta "com todos para conseguir que Portugal possa funcionar no presente".
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