Seguro apela à participação de progressistas e humanistas

Candidato presidencial sublinhou que a democracia "enfrenta novos desafios".

15 de novembro de 2025 às 19:05
António José Seguro Foto: António Pedro Santos/Lusa
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António José Seguro disse este sábado que é preciso cuidar da democracia e lançou um apelo "aos democratas, progressistas e humanistas para saírem da indiferença".

"Nenhum Presidente ou líder transforma um país sozinho" disse, deixando o apelo para que os democratas, progressistas e humanistas participem ativamente nas eleições presidenciais, pois "a democracia é uma responsabilidade pessoal e Portugal merece o melhor de cada um".

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António José Seguro falava em Aveiro, na apresentação e debate do "Contrato de Confiança" com os portugueses para o mandato presidencial, assumindo as suas raízes socialistas, de uma "esquerda moderada e moderna", mas salientando que será o Presidente de todos e lembrando que se soube afastar quando podia dividir e regressa "para unir".

O candidato presidencial sublinhou que a democracia "enfrenta novos desafios, como a polarização, a desinformação e a indiferença cívica", afirmando mesmo que a estabilidade democrática, o respeito institucional e a confiança estão ameaçados, numa época em que "as redes sociais amplificam o antagonismo com falsidades valorizadas por algoritmos".

"É preciso cuidar da democracia e assegurar que a política seja um espaço de construção, esperança, e não de medo ou divisão", declarou.

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Para António José Seguro é preciso reconstruir a confiança entre eleitos e eleitores, referindo no seu discurso a necessidade de acabar com a discriminação das mulheres e combater a emigração de talentos, porque "Portugal não pode conformar-se com a perda dos seus melhores".

Caso seja eleito, garantiu, não será "um Presidente de gestão diária ou de manutenção do 'status quo', mas sim o Presidente para um "tempo novo", mas leal e cumpridor da Constituição.

Comprometeu-se a dar ao país "estabilidade, confiança e sentido de direção", referindo, por exemplo, que o chumbo de um Orçamento não tem de implicar dissolver o parlamento.

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"Serei um Presidente próximo, retomando as "presidências abertas", trabalhando em todos os distritos e regiões, e atento às comunidades portuguesas no mundo", adiantou.

Assumiu-se como defensor do Estado Social, da Saúde e da Educação para todos e da centralidade da cultura e reafirmou o seu europeísmo, "acreditando que problemas comuns exigem soluções comuns e que os nacionalismos não são a solução".

"Aprofundar a integração europeia é essencial para responder aos desafios globais, na segurança, economia, ambiente, demografia" e puxou da sua experiência política europeia para afirmar ser o candidato melhor preparado a esse nível.

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As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.

Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.

Às eleições presidenciais anunciaram, entre outros, as suas candidaturas António Filipe (com o apoio do PCP), António José Seguro (apoiado pelo PS), André Ventura (apoiado pelo Chega), Catarina Martins (apoiada pelo BE), Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), Jorge Pinto (apoiado pelo Livre) e Luís Marques Mendes (com o apoio do PSD).

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Segundo o portal da candidatura, do Ministério da Administração Interna, há mais 31 cidadãos que se encontram a recolher assinaturas para uma candidatura à Presidência.

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