Candidato considera que apelos do secretário-geral do PS para a desistência dos candidatos à esquerda são desesperados.
O candidato presidencial António Filipe afirmou, esta terça-feira, que os apelos do secretário-geral do PS para a desistência dos candidatos à esquerda são desesperados e revelam a fragilidade da candidatura de António José Seguro.
"Quando há um apelo tão desesperado a que outros desistam, para que um candidato possa ter esperanças de ir à segunda volta, eu acho que isso diz tudo sobre a insegurança que o líder do Partido Socialista tem no candidato que apoia", afirmou, questionado sobre o apelo deixado na segunda-feira por José Luís Carneiro para que os candidatos a Belém de esquerda desistam a favor de António José Seguro, que concorre apoiado pelos socialistas.
O líder do PS apelou às restantes candidaturas da esquerda para avaliarem a "possibilidade de apoiarem a candidatura do António José Seguro na medida em que é a única que pode ir à segunda volta".
Para o candidato apoiado pelo PCP, que falava aos jornalistas após uma reunião com a Associação Nacional dos Centros de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Segurança Social e Dirigentes Sindicais, estes apelos de Carneiro "são um sinal claro de fragilidade de uma candidatura", porque "quando uma candidatura pensa que só lá vai se os outros desistirem, muito mal vai essa candidatura".
António Filipe acrescentou que a sua "candidatura vale por si própria" e é distintiva do "consenso neoliberal, onde se inclui o candidato apoiado pelo PS", defendendo que o país precisa de uma figura "identificado com os valores da Constituição" e a valorização dos direitos dos trabalhadores.
"Eu acho que a minha candidatura, nesse aspecto, é insubstituível e, portanto, não vale a pena fazer apelos, porque o meu único propósito é valorizar e expressar a validade própria e o caráter insubstituível da minha candidatura naquilo que é essencial", disse.
Questionado sobre se a sua resistência a abdicar em nome de Seguro pode comprometer a ida de uma candidatura de esquerda à segunda volta, António Filipe rejeitou essa ideia, acrescentando que é um candidato de esquerda e que caberá aos portugueses decidir quem querem levar à segunda volta.
Após uma reunião com trabalhadores da Segurança Social, o candidato comunista criticou a o que disse ser uma alarmismo injustificado em torno da sustentabilidade deste sistema e defendendo que quem fala de uma suposta falência da Segurança Social tem como intenção transferir os seus recursos para o setor privado.
"Nós já conhecemos de experiências de outros países, nomeadamente quando foi a crise de 2008, os trabalhadores que investiram as suas poupanças no setor financeiro, em planos de poupança e reforma, e com a falência de instituições financeiras, viram também as suas economias ir por água abaixo", argumentou.
Para António Filipe, o que garante a sustentabilidade da Segurança Social é um maior número de pessoas a trabalhar e o pagamento de melhores salários.
Inquirido sobre o pacote laboral, o antigo deputado do PCP apontou várias inconstitucionalidades do anteprojeto "Trabalho XXI" e reiterou que, se fosse chefe de Estado, enviaria o diploma para o Tribunal Constitucional, no caso de estas alterações serem aprovadas pelo parlamento.
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