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António Filipe critica inclusão de candidaturas não admitidas no boletim de voto

Candidato disse que "custa compreender que, por razões operacionais, estejam no boletim de voto cidadãos que não são candidatos".

29 de dezembro de 2025 às 13:39

O candidato presidencial António Filipe criticou, esta segunda-feira, a inclusão de candidaturas rejeitadas nos boletins de voto, argumentando que, assim, "qualquer cidadão que pegue num caixote e o entregue no Tribunal Constitucional (TC) consta do boletim".

Em declarações aos jornalistas à entrada da Casa do Artista, em Lisboa, António Filipe disse que "custa compreender que, por razões operacionais, estejam no boletim de voto cidadãos que não são candidatos" apenas por terem entregado assinaturas no Tribunal Constitucional.

"Qualquer cidadão que pegue num caixote e o entregue no Tribunal Constitucional consta do boletim de voto. Isso obviamente não é desejável e até é uma situação que não se compreende, até porque a própria lei eleitoral prevê que o sorteio do posicionamento dos candidatos no boletim de voto não seja válido para aqueles que não sejam admitidos como candidatos", acrescentou.

Para António Filipe, as razões apresentadas tornam-se mais difíceis de compreender dado o "tempo em que vivemos" e a simplicidade dos boletins de votos, que são todos iguais, ao contrário do que acontece, por exemplo, nas legislativas.

Este domingo, a candidatura presidencial de António José Seguro criticou também que o boletim de voto das eleições vá incluir candidatos que foram excluídos pelo TC porque pode "levar ao engano os eleitores", ponderando contestar esta decisão administrativa.

Questionado sobre a notícia da Sábado que dá conta de uma investigação do Ministério Público (MP) a ajustes diretos na Marinha a envolver Henrique Gouveia e Melo, António Filipe disse tratar-se da "justiça a funcionar" e que se "há investigações a fazer que se façam".

Sobre a coincidência temporal entre a divulgação destas investigações e os períodos eleitorais, António Filipe defendeu que deve ser a justiça a dar esse tipo de explicações e que era desejável que o fizesse para não ficar a ideia de que quando há campanhas eleitorais "surgem sempre notícias relativamente a investigações".

"É bom que sejam as próprias entidades responsáveis a explicar o que é que está em causa, que investigações são essas e em que ponto é que estão. Eu acho que é a única forma de esclarecer essa questão, para não andarmos todos assim numa nebulosa sem perceber muito bem o que é que está a passar", acrescentou.

António Filipe falou ainda da Casa do Artista como uma "iniciativa extraordinariamente meritória", lembrando que, enquanto deputado, recebeu artistas no parlamento com o propósito de avançarem com a criação desta instituição.

"Estamos a falar de uma classe profissional que nos deu a todos muitas horas de felicidade. (...) Profissões ligadas às artes de espetáculo que são muito marcadas para a precariedade, e existem muitas situações em que os artistas, nos últimos anos da sua vida, estão numa situação de grande desproteção. Portanto, a criação desta casa foi uma grande realização, tem uma grande importância nacional", sublinhou.

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