Depois de mais de 10 anos afastado da vida política, Seguro decidiu avançar para as eleições presidenciais do próximo ano sem esperar pelo partido que liderou e que só mais tarde avançou para o apoio formal.
António José Seguro, antigo líder socialista, quebrou uma década de interregno político com a candidatura presidencial, que assegura ser "sem amarras" apesar do apoio do PS quatro meses depois, posicionando-se na "esquerda moderada e moderna" após ter recusado gavetas.
Depois de mais de 10 anos afastado da vida política, Seguro decidiu avançar para as eleições presidenciais do próximo ano sem esperar pelo partido que liderou e, em 15 de junho, apresentou a sua candidatura "sem amarras", apartidária e aberta a todos os democratas.
Só quatro meses depois é que o PS avançou para o apoio formal a esta corrida presidencial, uma proposta conjunta do presidente do PS, Carlos César e do secretário-geral do PS, que tem apelado à mobilização dos socialistas em torno desta candidatura.
Seguro junta-se assim a Mário Soares, Jorge Sampaio e Manuel Alegre como os nomes que o PS apoiou formalmente ao longo da sua história em campanhas presidenciais.
António José Martins Seguro nasceu em 11 de março de 1962 em Penamacor, é mestre em Ciência Política, pelo ISCTE-IUL, e licenciado em Relações Internacionais, pela Universidade Autónoma de Lisboa. É casado e tem dois filhos.
Depois de ocupar vários cargos públicos -- membro do Governo, deputado ou eurodeputado, entre outros -- Seguro afastou-se da vida política após a demissão de secretário-geral do PS, em setembro de 2014, na sequência da derrota das eleições primárias contra António Costa.
"Qual é a pressa?" é uma das frases que mais colada à pele lhe ficou, uma resposta aos jornalistas em janeiro de 2013 sobre quando é que a sua direção tencionava propor uma data para a realização do congresso do PS.
Remetendo-se à condição de "militante de base" depois de deixar a liderança do PS, que ocupou entre 2011 e 2014, o agora candidato presidencial dedicou-se às aulas na universidade e aos seus negócios e manteve-se quase em silêncio sobre as questões políticas ao longo da última década, com raríssimas exceções.
Em novembro do ano passado, numa entrevista à TVI/CNN que antecedeu o seu espaço de comentário semanal naquela estação, assumiu que estava a ponderar uma candidatura a Presidente da República, mas afastou regressar à vida partidária.
No dia em que o novo parlamento iniciou funções, Seguro desfez as dúvidas e anunciou que iria ser candidato à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa, sem esperar pelo apoio do PS.
Moderação, consenso e compromissos são palavras que usa frequentemente para qualificar a sua forma de estar na política e na vida.
Líder da Juventude Socialista (JS) entre maio de 1990 e março de 1994, começou a aproximar-se da cúpula do poder socialista quando, no início de 1992, António Guterres bateu Jorge Sampaio na corrida ao lugar de secretário-geral do PS.
Pela mão de António Guterres, conheceu uma ascensão rápida: desempenhou as funções de chefe de gabinete do secretário-geral, foi eleito diretamente deputado nas legislativas de 1991 e a partir de 1994 fez parte da Comissão Permanente do Secretariado Nacional - o núcleo duro do "guterrismo".
Com a vitória do PS nas legislativas de outubro de 1995, Seguro assumiu as funções de secretário de Estado da Juventude, cargo do qual sairia para se candidatar no segundo lugar da lista dos socialistas às europeias de 1999, atrás do cabeça de lista Mário Soares.
Em 2001, regressou do Parlamento Europeu para exercer o cargo de ministro-adjunto do primeiro-ministro.
Durante a governação de Sócrates, Seguro esteve sempre na segunda linha, apesar de ter sido cabeça de lista por Braga nas eleições legislativas de 2005, 2009 e 2011, tendo coordenado a reforma do Parlamento em 2007.
Esperou pela saída de Sócrates e ficou de novo grande parte do tempo em silêncio, evitando fazer críticas em público à direção em funções, embora fossem conhecidas as suas divergências.
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