Candidata rejeitou desistir a favor de António José Seguro.
A candidata presidencial Catarina Martins rejeitou, esta terça-feira, desistir a favor de António José Seguro, acusando-o de ter viabilizado orçamentos que "iam contra a Constituição", e prometeu "uma defesa intransigente" da Lei Fundamental.
"António José Seguro, quando foi o tempo da 'troika', preferiu viabilizar orçamentos que até iam contra a Constituição da República Portuguesa e, portanto, não me podem pedir para eu não cumprir aquele que é o mandato primeiro de quem se candidata à Presidência da República, cumprir a Constituição, defender as instituições do Estado de Direito Democrático, defender o país, defender a população", afirmou.
A eurodeputada falava aos jornalistas em Lisboa, à margem da visita a um centro de acolhimento de pessoas em situação de sem-abrigo no âmbito da pré-campanha para as eleições presidenciais, e um dia depois de o secretário-geral do PS ter apelado "às outras candidaturas para que procurem avaliar a possibilidade de apoiarem a candidatura do António José Seguro na medida em que é a única que pode ir à segunda volta".
"Cada vez que nós desistimos de ter respostas fortes com medo de que venha alguma coisa pior, na verdade o nosso país só enfraquece. E eu aqui estou para respostas fortes, para uma magistratura de influência, mas também para uma defesa intransigente da Constituição e do Estado de Direito Democrático, que eu já dei provas de fazer", respondeu a antiga líder do BE.
Sobre a campanha para as eleições presidenciais de 18 de janeiro, Catarina Martins reiterou o pedido para que "não seja sobre casos, porque o país não perdoaria", e para que "todos os casos sejam investigados".
"Esta campanha tem de ser sobre a saúde, que é fundamental. Esta campanha tem de ser sobre a habitação. Esta campanha tem de ser sobre o modelo do país que queremos e combater o modelo de salários baixos que tira perspetivas de vida a todas as gerações. Esta campanha tem de ser sobre vivermos melhor em Portugal e como é que uma Presidente da República pode ajudar a lançar os debates que importam", defendeu.
No que toca às pessoas em situação de sem-abrigo, a eurodeputada bloquista assinalou que o Presidente cessante, Marcelo Rebelo de Sousa, "se empenhou na causa das pessoas sem-abrigo" e recordou um trabalho "em conjunto, muitas vezes, para conseguir respostas em Lisboa, nomeadamente na altura da pandemia".
Catarina Martins recusou ainda que "o falhanço na estratégia para as pessoas sem-abrigo se deva ao Presidente da República".
"Estamos a atravessar um período muito complicado e as estratégias para resolver a situação das pessoas sem-abrigo ficaram postas em causa também pela crise da habitação. Porque hoje temos uma realidade nova, temos pessoas que trabalham e que estão em situação de sem-abrigo, ou seja, pessoas que trabalham que têm o seu salário, e que ainda assim continuam em situação de sem-abrigo porque não conseguem, pura e simplesmente, ter uma casa com o salário que ganham no sítio onde estão a trabalhar", alertou.
A candidata presidencial sustentou que o Presidente da República "tem seguramente que lançar os debates sobre os maiores problemas do país", defendendo que "o problema de salários baixos e casas caras é um problema do regime democrático", e indicou que a situação das pessoas sem-abrigo será uma das suas prioridades caso seja eleita.
Concorrem às presidenciais 11 candidatos, um número recorde. Os candidatos são Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes (apoiado pelo PSD e CDS), António Filipe (apoiado pelo PCP), Catarina Martins (Bloco de Esquerda), António José Seguro (apoiado pelo PS), o pintor Humberto Correia, o sindicalista André Pestana, Jorge Pinto (apoiado pelo Livre), Cotrim Figueiredo (apoiado pela Iniciativa Liberal), André Ventura (apoiado pelo Chega) e o músico Manuel João Vieira.
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