Antes de ser uma cara conhecida dos portugueses pela sua atividade política, a sua vida esteve ligada à Cultura, tendo em 1994 fundado uma companhia de teatro profissional no Porto.
Após mais de uma década na liderança do BE, 14 anos como deputada e uma carreira dedicada à cultura, a eurodeputada bloquista Catarina Martins concorre pela primeira vez à Presidência da República, prometendo "cuidar da democracia" e fazer pontes.
Catarina Soares Martins nasceu no Porto em 1973, é casada e tem duas filhas e, após um percurso ligado ao teatro, a atriz chegou ao parlamento em 2009, então ainda como independente pelas listas do BE, partido ao qual aderiu só em 2010 apesar de o seu pai ser um dos subscritores do manifesto "Começar de Novo", que deu origem a esta força política.
Apenas dois anos após a filiação no BE, a agora candidata presidencial apoiada pelos bloquistas liderou os destinos do partido entre 2012 e 2023, sendo que no início o fez em parceria com João Semedo, a "liderança bicéfala" que sucedeu à era de Francisco Louçã.
A partir de 2014 assumiu, sozinha, os comandos do partido e foi neste período, nas legislativas de 2015, que levou o BE ao melhor resultado da sua história com mais de meio milhão de votos, 19 deputados e a terceira força política no parlamento.
É na sequência destas eleições que assina, em nome do BE, o acordo com o PS que deu corpo à batizada 'geringonça', o apoio parlamentar de toda a esquerda que permitiu que António Costa chegasse então a primeiro-ministro, tendo nesse ano sido escolhida pelo jornal Politico como uma das 28 personalidades políticas em destaque na Europa.
Depois de em 2019 ter conseguido manter o partido como terceira força política, as eleições antecipadas de 2022, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado, ditaram um dos piores resultados do BE, que caiu para quinta força política e ficou reduzido a cinco deputados.
É cerca de um ano depois destas eleições que deram a maioria absoluta a António Costa que, em fevereiro de 2023, Catarina Martins anuncia que iria deixar de ser coordenadora do partido na convenção desse ano.
Depois de 14 anos no parlamento, Catarina Martins formalizou em setembro de 2023 a sua renúncia como deputada, decisão que tinha anunciado meses antes em entrevista à Lusa na qual disse que então se via a "diminuir o ritmo e a descansar um pouco" e sem estar a pensar em novas candidaturas.
Esta pausa durou pouco mais de meio ano porque, em março de 2024, foi escolhida como cabeça de lista do BE às europeias, conseguindo assegurar a sua eleição, mas ficando sozinha no Parlamento Europeu já que o partido perdeu um dos dois mandatos que tinha.
Agora Catarina Martins volta a protagonizar uma corrida eleitoral, pela primeira vez à Presidência da República, admitindo, em entrevista à Lusa, que candidatar-se não estava nos seus planos e que não teria avançado caso Sampaio da Nóvoa o tivesse feito.
"A minha candidatura coloca no centro o cuidado. Quero cuidar da democracia, cuidar dos bens comuns, cuidar da paz. Cuidar da igualdade e da liberdade", prometeu quando anunciou a corrida a Belém.
Antes de ser uma cara conhecida dos portugueses pela sua atividade política, a sua vida esteve ligada à Cultura, tendo em 1994 fundado uma companhia de teatro profissional no Porto.
Viveu os primeiros anos da sua infância entre Gaia, Feira, Santo Tirso e Vagos e, entre 1979 e 1982, viveu em São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, acompanhando os pais que eram professores.
Depois de voltar a Portugal, foi em Aveiro que ficou a viver, tendo depois estudado na Universidade de Coimbra, licenciando-se em Línguas e Literaturas Modernas. Tem ainda um mestrado em Linguística e frequenta um doutoramento em Didática das Línguas.
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