Líder do PS sugeriu que o primeiro-ministro "não tem a memória no seu melhor momento".
O líder do PS considerou, esta quarta-feira, que o primeiro-ministro, em vez de se queixar, devia "reconhecer e valorizar o sentido de estado" dos socialistas ao viabilizar a proposta orçamental, recusando comprometer-se com o Orçamento do Estado para 2027.
"Eu não sei de que se queixa o doutor Luís Montenegro. Eu diria que ele devia era reconhecer e valorizar o sentido de estado e de serviço ao país que revelou o PS porque se ontem [quinta-feira] tivesse votado contra o orçamento, nós hoje estaríamos de novo mergulhados numa crise política", respondeu aos jornalistas José Luís Carneiro, no final de uma visita à APAV, quando questionado sobre as críticas da véspera do primeiro-ministro de que PS e Chega invadiram "esfera de decisão" do Governo no Orçamento.
O líder do PS sugeriu que o primeiro-ministro "não tem a memória no seu melhor momento" e recordou o número de propostas que o PSD, na oposição, apresentou para orçamentos de governos do PS: para o de 2023 mais de 220 propostas e para o de 2024 mais de 290 propostas.
"O PS apresentou 100 e viu serem viabilizadas 31", comparou, dizendo que não esperava qualquer reconhecimento do Governo por esta viabilização, que fez "pelos interesses do país".
Carneiro adiantou que, no final de 2026, dirá ao Governo que o PS lhe deu "todas as condições para cumprir e para fazer o que tem que fazer, que é governar de acordo com as promessas que fez aos portugueses em tempo eleitoral".
"Pois com certeza que é isso que eu estou a dizer, ou seja, nós não nos podemos comprometer com o próximo orçamento, porque nós agora mostramos o nosso sentido de responsabilidade tendo em conta os objetivos extraordinários que tem o Governo", respondeu quando questionado se isso significava que não se comprometia com o voto no Orçamento do Estado para 2027.
Recordando que todos os outros partidos votaram contra o orçamento, à exceção dos partidos da AD, Carneiro voltou a apontar a situação atual quer na Europa quer em Portugal.
"Nós estamos a sair de eleições há seis meses, nós estamos com eleições presidenciais, o próprio Presidente da República está impedido de convocar eleições. Imagine o que era nós fazermos aquilo que o Chega aparentemente quer, ou seja, o Chega votou contra o orçamento, o que significa que queria uma crise política nesta altura", apontou.
O líder do PS questionou o que seria uma crise política com André Ventura, que é agora candidato presidencial, mas que foi candidato há seis meses às eleições legislativas, questionando o "sentido de responsabilidade das pessoas que se habilitam ao desempenho das mais importantes funções do Estado".
"Os portugueses, nestes momentos, devem avaliar quem efetivamente serve o interesse do país e quem está permanentemente em jogadas, numa chicana política, porque é desse juízo que nos momentos oportunos os portugueses devem fazer as suas escolhas", apontou.
O primeiro-ministro considerou a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2026 não foi desvirtuada pelas alterações no parlamento, mas que PS e Chega violaram o princípio político de que cabe ao Governo PSD/CDS-PP "a esfera de decisão".
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