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Para Ventura lei laboral "é bar aberto para ataque a trabalhadores". Jorge Pinto lamenta "baixas taxas de sindicalização"

André Ventura e Jorge Pinto estão esta quinta-feira no frente a frente para as eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.

11 de dezembro de 2025 às 21:25

André Ventura e Jorge Pinto estão esta quinta-feira no frente a frente para as eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro. 

O primeiro tema em cima da mesa foi o pacote laboral apresentado pelo Governo e que motivou a greve geral que paralisou o País esta quinta-feira. Ventura começou por assegurar que o Chega se mostrou "disponível para uma lei laboral moderna" ao contrário de "uma lei laboral" que funciona como uma espécie de "bar aberto para o ataque" às mães que querem trabalhar e outros trabalhadores. O candidato de extrema-direita lamentou o exaltar de ânimos por parte dos manifestantes concentrados ao final do dia junto ao Parlamento. Para Ventura o dia da greve geral, apesar de "legítimo" acabou por ficar "manchado".

"As pessoas que trabalham sentem que estão a sustentar aqueles que não querem trabalhar. Estamos a criar uma lei que nem para as empresas interessa", afirmou Ventura, que considerou "uma burrice" o fim às restrições à subcontratação.

Ao tomar a palavra, o candidato apoiado pelo partido Livre, Jorge Pinto, atacou o adversário ao considerar que Ventura "tem mudado constantemente de posição sobre a lei laboral".

"Bem-vindo, camarada Ventura, a esta luta: Portugal arrisca aumentar o fosso entre homens e mulheres. Tenho muita pena que haja baixas taxas de sindicalização em Portugal", disse Jorge Pinto.

"Temos de mudar a lei laboral com conta, peso e medida. A economia portuguesa é das menos competitivas da UE. Se alguém foi despedido ilicitamente, é óbvio que tem de ser reintegrado", respondeu Ventura que não deixou de atacar Jorge Pinto: "O Livre quer um País subsídio dependente. O Chega quer um País moderno". 

Jorge Pinto afirmou quer "muito que haja uma transformação" da economia portuguesa. O candidato a Belém considera prioritário o "combate à precariedade, introdução de tecnologia da economia e pagamento de menos impostos".

"André Ventura não é antissistema. (...) É o queridinho do sistema. Sou um candidato do regime porque acredito na nossa República", rematou Jorge Pinto.

O líder do Chega desvalorizou o candidato Jorge Pinto, ao considerar que "conta para pouco, as sondagens dão-lhe menos de 1 por cento".

"O Jorge Pinto está aqui para desistir para o António José Seguro daqui a uns dias. O tal homem do sistema diz que, se não concordar com uma revisão constitucional, dissolve o Parlamento: Isso é de um autoritarismo que eu não compreendo", frisou Ventura.

Jorge Pinto diz que Ventura não conhece Portugal e, por isso, "inventa um País do ódio", contrariamente ao candidato do Livre que conhece um Portugal de "empatia e amor".

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