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Ventura defende reforço das polícias municipais "no quadro do combate à criminalidade"

"Isto não é, nem significa, discricionariedade absoluta da polícia. Significa mais poder à polícia para poderem atuar", sublinhou.

19 de novembro de 2025 às 19:29

O candidato presidencial e líder do Chega, André Ventura, defendeu esta sexta-feira o reforço das polícias municipais "no quadro do combate à criminalidade" e afirmou que incentivará o parlamento a aprovar leis que deem "mais poder" a estes profissionais.

À margem de uma visita às instalações da Polícia Municipal de Sintra, na freguesia de Algueirão Mem-Martins, o líder do Chega realçou que a polícia municipal "tem competências específicas", mas o seu quadro de atuação deve ser reforçado.

"É preciso reforçar as polícias municipais no quadro do combate à criminalidade. Conhecer estas instalações e outras que vou fazer pelo país é no quadro de dar a garantia a estes homens e mulheres, e também aos munícipes, que tudo faremos para garantir que têm condições e que têm estruturas que vão olhar pela sua segurança e pela sua tranquilidade também", defendeu o candidato a Belém.

André Ventura garantiu que o seu partido se vai bater por este reforço depois de ter eleito autarcas no país, como no caso de Sintra, onde o executivo liderado por Marco Almeida (PSD) inclui vereadores com pelouros do Chega.

Interrogado como pode atuar nesta área caso seja eleito Presidente da República, uma vez que não terá poderes executivos, como o Governo, André Ventura respondeu que vetará "todas as leis que diminuam ainda mais os poderes que a polícia tem" e incentivará o parlamento "a aprovar leis que deem mais poder à polícia e mais capacidade à polícia de atuar".

"Isto não é, nem significa, discricionariedade absoluta da polícia. Significa mais poder à polícia para poderem atuar", sublinhou.

Ventura insurgiu-se também contra a burocracia destes procedimentos, considerando que "a polícia quando prende alguém não pode passar mais tempo a preencher papéis na esquadra do que o indivíduo que ficou preso lá dentro".

Durante a sua visita ao Departamento de Polícia e Fiscalização Municipal de Sintra, acompanhado pela deputada e vereadora no concelho Rita Matias, André Ventura ouviu relatos de agentes desta polícia, como uma ação que pretendia fiscalizar uma oficina ilegal e acabou por encontrar cidadãos a habitar ilegalmente numa garagem onde eram cobrados 550 euros de renda.

Outra das preocupações deste departamento é a ocupação ilegal de edifícios destinados a programas de habitação acessível no concelho. Neste âmbito, a polícia municipal está a colocar alarmes em determinadas habitações para apanhar os intrusos em flagrante delito.

As viaturas abandonadas em espaço público ou a poluição sonora são outros dos desafios, com o responsável pela visita a afirmar que são recebidas várias queixas por ruído todos os dias.

André Ventura viu um sonómetro, instrumento que tem como objetivo medir decibéis.

"Isso no parlamento...", gracejou a deputada Rita Matias, com Ventura a concordar, em tom de brincadeira: "Ainda bem que isto não vai para o parlamento".

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