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Um brinde com Martínez simples

Seleção transformou inferno turco numa casa portuguesa. Contas fáceis: três golos, três pontos, primeiro lugar no bolso.

23 de junho de 2024 às 01:30

Nesta calculadora, só dá soma e segue. Martínez optou pela fórmula simples e isso simplificou as contas: três golos, três pontos, primeiro lugar garantido, bilhete para os oitavos de final no bolso, com destino ao sonho.

Quando é de Portugal que falamos, vale sempre a pena citar um escritor cá do burgo: só somos verdadeiramente felizes quando não sentimos os sapatos nos pés. Vem isto a propósito, claro, do maior conforto com o plano inicial deste sábado. Linha de quatro defesas, Nuno Mendes e João Cancelo devolvidos às laterais, Palhinha a soltar Vitinha.

Qual ponteiro de relógio, que sabe sempre o caminho, Portugal foi-se apoderando rapidamente do jogo, mesmo que o primeiro susto tenha surgido junto à baliza defendida por Diogo Costa.

Mas recuemos à simplicidade, avançando no cronómetro: minuto 21. Rafael Leão respeita a subida de Nuno Mendes, cruzamento rasteiro e, com um toque de Kokçu pelo meio, Bernardo Silva a finalizar de primeira para o primeiro golpe de gelo naquilo que ameaçava ser o inferno turco de Dortmund.

E se o cenário já estava favorável, logo se tornou tranquilo. Diz o povo que a descer todos os santos ajudam. A Turquia decidiu inclinar o campo e participar na festa do Euro dos autogolos. De forma risível. Akaydin atrasou uma bola diretamente para a baliza e, manda a educação, em bom português, dizer muito obrigado.

O tal inferno turco passava a ser uma casa portuguesa, com certeza. Cânticos lusos na bancada, Pepe e Diogo Costa iam arrumando com as escassas ameaças e, na frente, até sobravam oportunidades de alargar a vantagem.

Em Dortmund, o Signal verde para Portugal era tão forte que Martínez virou-se para os amarelos: Leão e Palhinha foram substituídos ao intervalo por Pedro Neto e Rúben Neves. E a estrelinha do selecionador ilumina o caminho: é mesmo Rúben quem faz o passe a isolar Ronaldo e Bruno Fernandes. O capitão, com a baliza à mercê, mostrou que há um bem maior e bem merece mais um recorde pessoal.

E com isto, no fim, voltamos às contas do início. O mais importante: três golos, três pontos. Foi tudo tão simples. Como quem não sente os sapatos nos pés.

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