Dezenas de mortos em Gaza com a intensificação de ataques. Hospitais de campanha fecham com falta de "bens essenciais"
Médicos que atuam no local relatam que "as instalações de saúde estão a funcionar sob bombardeamentos constantes". Israel acusa o Hamas do uso dos estabelecimentos hospitalares para fins militares.
Pelo menos 51 palestinianos morreram em Gaza esta quarta-feira, com a intensificação dos ataques por parte das forças israelitas. De acordo com fontes dos serviços de emergência, entre as vítimas estão oito pessoas que aguardavam por comida num centro de distribuição perto de Rafah, informa a Al Jazeera.
Os médicos que atuam no local relatam que "as instalações de saúde estão a funcionar sob bombardeamentos constantes" e denunciam a faltam de bens essenciais, o que tem levado ao encerramento das unidades hospitalares. A quantidade de combustível é insuficiente para se alimentarem os geradores, revelam os profissionais em entrevista à Al Jazeera.
A Sociedade Palestina de Assistência Médica referiu que um ataque israelita ao local onde operavam "reduziu o prédio a escombros", sendo o centro uma das principais instalações de ajuda em Gaza para tratamentos, informa a AP.
O socorro aos feridos na sequência dos bombardeamentos também "está a ser dificultado", com as estradas destruídas devido aos ataques. Há relatos de feridos a serem transportados para as unidades hospitalares a pé, ou em carroças de animais.
Israel tem vindo a acusar o Hamas do uso dos estabelecimentos hospitalares para fins militares, "o que faria com que perdessem a proteção do direito internacional", cita a AP.
"Os ataques a instalações de saúde devem acabar. A violência sem sentido deve parar. Cessar-fogo!", referiu o chefe da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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