Horas para ir à casa de banho e refeições à base de pão e arroz: Os relatos dos reféns libertados pelo Hamas

Reféns libertados pelo Hamas viveram em cativeiro mais de um mês.

27 de novembro de 2023 às 11:25
Refém libertada pelo Hamas Foto: Israeli Government Press/ Reuters
Partilhar

Refeições à base de arroz e pão, filas intermináveis para a casa de banho e bancos a servir de camas. Os reféns libertados pelo Hamas começam agora a dar a conhecer como foi viver em cativeiro durante mais de um mês às mãos do grupo islâmico. 

Marav Raviv, mulher que viu três familiares serem libertados na sexta-feira, conta que foram alimentados de forma irregular e que durante 50 dias comeram refeições à base de arroz e pão, tendo perdido mais de sete quilos durante o cativeiro. 

Pub

A mulher refere ainda que os reféns dormiam em bancos juntos a uma sala que parecia uma receção e que para ir à casa de banho tinham, por vezes, de esperar horas. 

Também Adva Adar, neta de uma refém idosa libertada, revelou ao The Times of Israel  que os membros do grupo islâmico fizeram pressão psicológica à avó ao convencê-la de que todos os familiares tinham morrido.

Pub

Recorde-se que, na semana passada, Israel e o Hamas chegaram a acordo para uma pausa nos combates e a libertação de reféns capturados pelo grupo islâmico em troca de palestinianos detidos nas prisões israelitas. O cessar-fogo começou na sexta-feira passada às 7h00 locais (5h00 em Lisboa) e está previsto que termine esta segunda-feira. 

O acordo foi mediado pelo Qatar com o apoio dos Estados Unidos, que desempenhou um papel importante. O presidente norte-americano, Joe Biden, manteve contactos com o Emir do Qatar, Xeque Tamim bin Hamad Al Thani, e com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nas semanas que antecederam o acordo.

Esta segunda-feira, está prevista a libertação de 11 reféns. Israel diz ter recebido a lista, mas que a está a analisar devido a algumas incongruências. 

Pub

O Hamas manifestou vontade em prolongar o período de trégua humanitária, pedindo o aumento do número de prisioneiros palestinianos libertados. 

O conflito no Médio Oriente já fez mais de 16 mil mortos e dezenas de milhares de feridos. 

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar