"O Irão cometeu um grande erro e vai pagar por isso”: Netanyahu promete retaliação

Primeiro-ministro israelita promete “resposta pesada” ao ataque iraniano com mísseis balísticos contra Israel. Indústria petrolífera pode ser o alvo.

03 de outubro de 2024 às 01:30
Destroços de míssil iraniano no Sul de Israel Foto: ABIR SULTAN7epa
Netanyahu ameaçou Irão
Um restaurante danificado pelo ataque iraniano
Várias habitações sofreram danos
Militares israelitas em ação no Sul do Líbano
Guterres é ‘persona non grata’ Foto: Mike Segar/reuters

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Benjamin Netanyahu garantiu na quarta-feira que o ataque do Irão contra o território de Israel não ficará sem resposta. "O Irão cometeu um grande erro e vai pagar por isso", prometeu o primeiro-ministro israelita um dia após o regime de Teerão ter lançado mais de 180 mísseis balísticos contra o território de Israel numa escalada sem precedentes.

"O regime iraniano ainda não entendeu a determinação de Israel em defender o seu território e em retaliar contra os seus inimigos, mas vai entender", ameaçou Netanyahu, sem concretizar qual o tipo de retaliação que está a ser preparada.

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Segundo o site Axios, as chefias militares israelitas estarão a discutir com os EUA planos para uma "resposta significativa", que poderá passar por um ataque devastador contra refinarias e outras infraestruturas ligadas à indústria petrolífera iraniana.

Em cima da mesa terá estado ainda a possibilidade de atacar instalações ligadas ao programa nuclear de Teerão, mas os EUA terão rejeitado a ideia devido ao risco de provocar uma escalada ainda maior.

"Temos capacidade para localizar alvos importantes e para os atingir de forma precisa e poderosa, e temos capacidade para atacar em qualquer lugar do Médio Oriente. Os nossos inimigos que ainda não entenderam isso irão entendê-lo em breve", afirmou o chefe do Estado-Maior israelita, Herzi Halevi.

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Após o ataque com mísseis de terça-feira, a maioria dos quais foram intercetados pelas defesas aéreas israelitas, o Irão deu por encerrada a sua retaliação pela morte dos líderes dos Hezbollah e do Hamas. Ameaçou, no entanto, lançar uma resposta "ainda mais esmagadora" em caso de "novas provocações" israelitas.

Israel sofre primeiras baixas no Líbano

Oito militares israelitas morreram na quarta-feira em combate com militantes do Hezbollah no Sul do Líbano, naquelas que foram as primeiras baixas sofridas pelas Forças de Defesa de Israel desde o início da operação terrestre na região, na segunda-feira à noite.

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O Hezbollah confirmou que as suas forças estão envolvidas em "fortes combates" com as tropas de Israel na região fronteiriça e garantiu que várias incursões foram repelidas.

Israel mostrou, entretanto, as primeiras imagens dos seus militares em ação no Sul do Líbano, tendo anunciado ainda a mobilização de unidades adicionais de infantaria e mecanizadas, num sinal de que a operação para afastar o Hezbollah da região fronteiriça poderá extravasar o âmbito "limitado" que foi inicialmente anunciado.

Governo israelita proíbe entrada de António Guterres

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O Governo israelita declarou o secretário-geral da ONU, António Guterres, como ‘persona non grata’ e proibiu a sua entrada no país "por não ter condenado de forma inequívoca" o ataque iraniano contra Israel.

Na terça-feira, Guterres mencionou "os últimos ataques no Médio Oriente", mas na quarta-feira condenou "fortemente" o ataque durante um discurso no Conselho de Segurança.

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