Segundo a moção, a Assembleia "rejeita as ações de terrorismo, da deslocação forçada de populações palestinianas, da fome e das práticas ilegais de guerra em curso no Médio Oriente".
A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou esta quinta-feira uma moção contra o genocídio em curso na Palestina e apelou ao fim imediato da guerra, retirada de colonatos israelitas e devolução de territórios ocupados ilegalmente por Israel.
A moção, apresentada pela CDU, Cidadãos por Coimbra (CpC), PS, Somos Coimbra e deputada não inscrita Helena Mendes (ex-CDS/PP), foi aprovada com 35 votos a favor, dez votos contra (oito do PSD, um do CDS/PP e um do PPM) e uma abstenção (deputado não inscrito que era do Chega).
"A Assembleia Municipal de Coimbra rejeita as ações de terrorismo, da deslocação forçada de populações palestinianas, da fome e das práticas ilegais de guerra em curso no Médio Oriente", lê-se na moção aprovada.
A moção nota ainda que essas práticas "afetam cidadãos inocentes em Israel e afetam toda a sociedade civil, em especial as crianças em Gaza".
O documento vinca que "a espiral de violência potenciada pelo Hamas, no dia 07 de outubro de 2023, tem sido sistematicamente aproveitada pelo Estado de Israel para conduzir, através de práticas ilegítimas de guerra e da fome, uma agenda de destruição das condições de vida em Gaza e do genocídio em curso na Palestina".
Os deputados que votaram favoravelmente a moção (PS, Somos Coimbra, CDU, CpC, deputada não inscrita e três deputados do PSD) apelam "ao fim imediato da guerra, à reconstrução de Gaza, à devolução da liberdade e ao direito à propriedade para a população da Palestina".
Os deputados defenderam ainda a retirada dos colonatos e a devolução "dos territórios ilegalmente ocupados por Israel, permitindo pela via negocial, e pela paz, a construção de uma agenda que permita a solução de dois Estados".
A moção enaltece ainda o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal, no domingo.
João Malva, que apresentou a moção, afirmou que "os habitantes da Palestina não podem ser varridos para debaixo do tapete".
Já Helena Mendes, que era do CDS-PP, afirmou que, se não tivesse abandonado o seu partido em fevereiro, "fá-lo-ia agora".
"Não concebo que um católico seja capaz de não olhar para este massacre, venha ele de onde vier. O que está em causa são as pessoas", sublinhou.
Já Carlos Figueiredo, do PSD, apesar de afirmar que não fica indiferente à "tragédia que se vive em Gaza", considerou que não pode votar numa moção que "fale de genocídio" (a Associação Internacional de Académicos do Genocídio classificou as ações de Israel na Faixa de Gaza como "um genocídio").
Por seu turno, o deputado socialista Luís Silva salientou que Israel está esta quinta-feira "a matar de forma indiscriminada população civil", recordando que o Ocidente tem também um papel na origem do conflito atual.
"Não podemos ignorar as imagens de crianças que aparecem dizimadas, mortas. Esta é uma situação que terá apenas como paralelo o Holocausto, com a eliminação sistemática de um povo apenas por ser aquele povo", disse Manuel Pires da Rocha, da CDU.
Depois da votação, a deputada do movimento Somos Coimbra Lúcia Santos lamentou a ausência de unanimidade na votação da moção.
Já uma moção que defendia um "justo e equitativo apoio social às famílias de doentes oncológicos em idade pediátrica" mereceu a unanimidade da Assembleia Municipal.
As duas votações decorreram já com um sistema de voto eletrónico, uma novidade implementada naquela que é a última assembleia municipal deste mandato.
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