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Embaixador de Israel recorda 7 de outubro e lamenta sinais de antissemitismo em Portugal

Oren Rosenblat fez esta noite uma curta intervenção num evento em Lisboa para assinalar os dois anos dpo ataque do Hamas no festival de música Nova, a 7 de outubro de 2023.

05 de outubro de 2025 às 23:44

O embaixador de Israel em Portugal, Oren Rosenblat, lamentou este domingo sinais em Portugal de antissemitismo, que considerou inaceitável, e criticou o reconhecimento da Palestina por parte do Estado português.

Oren Rosenblat fez esta noite uma curta intervenção num evento em Lisboa para assinalar os dois anos do ataque do Hamas no festival de música Nova, a 7 de outubro de 2023.

Nesse dia de há dois anos o movimento palestiniano Hamas, partindo da Faixa de Gaza para o interior de Israel, matou mais de 1.200 pessoas e fez 251 reféns, 48 deles ainda na posse do Hamas e seis dos mesmos cidadãos portugueses, recordou o embaixador.

Este domingo, para assinalar a data, foi exibido o documentário "We will dance again", de Yariv Mozer, com testemunhos de jovens sobreviventes do ataque e imagens feitas na altura por eles mas também imagens divulgadas pelos atacantes.

No discurso antes de se iniciar a projeção do documentário Oren Rosenblat recordou o ataque, disse que Israel está em guerra há quase dois anos e afirmou-se encorajado pelos recentes desenvolvimentos (plano de paz), esperando que os reféns sejam libertados nos próximos dias.

"Deixem-me ser claro: Israel não procurou esta guerra. O Hamas começou --- e o Hamas pode acabar. Esperemos que os terroristas palestinianos sejam forçados a aceitar a proposta de paz do Presidente (Donald) Trump", afirmou o embaixador, que pediu o apoio dos parceiros, como Portugal, apoio político e solidariedade moral.

"Neste contexto, o reconhecimento por parte de Portugal de um estado palestiniano neste momento recompensa o terrorismo e transmite uma mensagem perigosa de que a violência traz ganhos políticos --- e fortalece o Hamas", disse.

Oren Rosenblat referiu depois um "preocupante aumento do antissemitismo", uma tendência que "não poupou Portugal", tendo-se assistido a uma nova vaga nas últimas semanas, como a queima de bandeiras israelitas e apelos a uma intifada, disse, considerando que tal é inaceitável e que o Governo português deve agir de acordo com a lei e "enfrentar firmemente" a vaga de antissemitismo.

Na sequência dos ataques de há dois anos a ofensiva de retaliação israelita fez até agora pelo menos 67.139 mortos em Gaza, e 170.000 feridos, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU considera credíveis.

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