Ministro dos Negócios Estrangeiros português sugere que ajuda humanitária seja entregue em Chipre.
Não há dia de chegada para a flotilha de ajuda humanitária que ruma a Gaza, composta neste momento por cerca de 50 embarcações, mas Israel já fez saber que reagirá pela força a qualquer tentativa de atracar no enclave palestiniano. A ameaça chegou pelo porta-voz militar, brigadeiro-general Effie Defrin. "A Marinha está bem preparada para defender as fronteiras do Estado de Israel, tal como já fazemos em terra e no ar. Estamos prontos", disse.
Não é o primeiro alerta de Telavive para as consequências de quem quer lavar ajuda à população da Faixa de Gaza, naquela que é considerada a maior missão humanitária da história, mas os apelos às centenas de pessoas de dezenas de países dispostas a furar o bloqueio ao território palestiniano imposto por Israel têm-se multiplicado, à medida que a frota se aproxima do objetivo. Entende Effie Defrin que a missão está a ser financiada pelos representantes do Hamas na Europa e insiste que a ajuda humanitária que as embarcações transportam seja enviada para portos israelitas ou países vizinhos, sendo depois encaminhada para a Faixa de Gaza.
Mas, para já, nada demove os participantes na iniciativa, dispostos a correr todos os riscos que a missão comporta, apesar das várias ações de intimidação de que têm sido alvo, nomeadamente ataques noturnos com drones. Situação que já levou os governos de Espanha e França a anunciar o envio de navios, nomeadamente fragatas, para prestarem assistência às embarcações, nomeadamente fragatas, caso seja necessário, ao contrário de Portugal.
Segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, quem embarcou sabia os riscos que corria. “Todas as pessoas estão conscientes deles”, reforçou, em declarações à agência Lusa, Paulo Rangel. A deputada Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e o ativista Miguel Duarte são os três portugueses que integram a missão. "O Estado português fez tudo aquilo que se comprometeu, nem mais nem menos, desde o início, que é a proteção consular, o que significa também proteção humanitária no caso desta ser necessária. É isso que faz agora através da colaboração com as autoridades italianas", declarou Paulo Rangel.
O governante portugueses sugeriu, ainda, que o melhor é deixar a ajuda em Chipre, depois do acordo alcançado pela Itália, e que tem a concordância de Israel, segundo o qual a ajuda humanitária poderá ser deixada em Chipre e, posteriormente, ser carregada para Gaza pelo Patriarcado Latino de Jerusalém. "Portanto, essa é uma solução, que é fazer chegar a Gaza a ajuda humanitária dessa maneira, não correndo outros riscos”, sublinhou Rangel, nas declarações à agência Lusa. Uma proposta que está fora dos horizontes dos ativistas e que retiraria todo o efeito mediático da missão, cujo objetivo último é sensibilizar a comunidade internacional para a tragédia que se abateu sobre o povo palestiniano na Faixa de Gaza.
Netanyahu ataca quem reconhece Palestina
“Cederam perante a pressão de meios de comunicação tendenciosos, vozes radicais islâmicas e multidões antissemitas.” É esta a resposta do primeiro-ministro israelita aos países da ONU que reconheceram o Estado da Palestina. “Enquanto nós combatemos os terroristas que assassinaram muitos dos vossos cidadãos, vocês lutam contra nós”, criticou Benjamin Netanyahu no seu discurso desta sexta-feira nas Nações Unidas.
A intervenção começou com a saída em bloco de dezenas de delegados de vários países, em sinal de protesto pela sua presença em Nova Iorque e a forma como tem conduzido a guerra na Faixa de Gaza, deixando a sala vazia. Alertando que a missão das Forças de Defesa de Israel no enclave palestiniano ainda não terminou, Netanyahu deixou uma ameaça ao Hamas: “Libertem os reféns agora. Se o fizerem, viverão. Se não o fizerem, Israel irá apanhar-vos.”
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