Mariana Mortágua deixou claro não confiar em Donald Trump."Estamos a falar de um homem que disse que queria fazer de Gaza um projeto imobiliário, uma Riviera", afirmou.
A coordenadora do Bloco de Esquerda manifestou esta quinta-feira alívio pelo anúncio do acordo de paz em Gaza, mas sublinhou que é preciso que esse acordo preveja o direito do povo palestiniano às suas fronteiras e a punição de Israel.
Em declarações aos jornalistas em Barcelos, distrito de Braga, à margem de uma ação de campanha para as autárquicas de domingo, Mariana Mortágua disse não confiar no Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para mediar um acordo de paz.
"Estamos a falar de um homem que disse que queria fazer de Gaza um projeto imobiliário, uma Riviera, uma cidade destruída e que está sob escombros", referiu.
O Presidente dos Estados Unidos anunciou esta quinta-feira que viaja "em breve" para o Egito para assinar oficialmente o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, sem avançar uma data concreta.
"É, obviamente, motivo de celebração que, retirando um ou outro anúncio ainda de bombardeamentos e de vítimas, o povo de Gaza possa ter tido uma noite de paz e em descanso, sem ter que olhar para o céu a pensar de onde vem a próxima bomba, de onde vem o próximo drone. E acho que é sempre de celebrar essa paz, ainda que ela seja temporária. E por isso a minha primeira nota é obviamente de alívio e é obviamente de celebração", disse a líder bloquista.
Mortágua acrescentou que o "genocídio" começou há dois anos, "mas a violência de Israel sobre os palestinianos não começou há dois anos".
"Por isso, um acordo duradouro tem de prever isto, tem de prever o direito do povo palestiniano às fronteiras que lhe são reconhecidas e a punição de Israel pela ocupação ilegal de terras palestinianas", advogou.
Para a coordenadora bloquista, "não há nenhum acordo de paz que possa ser duradouro se esse acordo, na prática, está a cristalizar, a institucionalizar a ocupação de territórios."
"Este acordo que foi feito não diz nada sobre todas as partes da Palestina que foram ocupadas ilegalmente por Israel e que se mantêm ocupadas, da mesma forma que não diz nada sobre as partes ocupadas da Cisjordânia e que Israel já disse que vai continuar a ocupar", referiu.
Por outro lado, considerou que um acordo de paz tem de implicar o julgamento os criminosos de guerra.
"Israel cometeu crimes contra a humanidade e os governantes israelitas têm de ser julgados por isso. Há mandados de captura que foram já emitidos pelos tribunais internacionais e é muito importante que os responsáveis pelos genocídios, os responsáveis por este crime contra a humanidade sejam levados à justiça", acrescentou Mariana Mortágua.
Para a líder bloquista, este acordo "foi conseguido na base de uma chantagem".
"Não há nenhuma paz em que a moeda de troca é um genocídio, em que a moeda de troca é o massacre de milhares de crianças, o massacre de um povo à fome. E para uma paz ser duradoura é preciso respeitar o direito do povo palestiniano a ter a sua independência, a sua soberania e as fronteiras que foram legalmente reconhecidas internacionalmente e que Israel não respeita", reiterou.
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