Donald Trump anunicou que Israel e o Hamas aceitaram a "primeira fase" do plano de paz.
Vários líderes mundiais saudaram o acordo de paz entre Israel e o Hamas anunciado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, elogiando o fim iminente da guerra em Gaza e a libertação de reféns após dois anos de conflito.
Trump anunciou na quarta-feira que Israel e o movimento islamita aceitaram a "primeira fase" do seu plano de paz, que prevê a retirada parcial das tropas israelitas da Faixa de Gaza e a libertação de 20 reféns ainda vivos em troca de prisioneiros palestinianos.
"Todos os reféns serão libertados muito em breve e Israel retirará as suas tropas para uma linha acordada como primeiros passos para uma paz forte, duradoura e eterna", escreveu Trump na rede Truth Social.
A notícia foi recebida com entusiasmo por líderes de vários países. O Presidente da Argentina, Javier Milei, considerou o entendimento “histórico” e anunciou que vai propor Trump para o Prémio Nobel da Paz, afirmando que “qualquer outro dirigente com semelhantes conquistas já o teria recebido há muito tempo”.
O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, felicitou Trump pelo “liderança essencial” e expressou alívio pela iminente libertação dos reféns. “A paz finalmente parece possível. Instamos todas as partes a aplicarem rapidamente os termos do acordo”, afirmou.
Também o Japão saudou o entendimento, que o porta-voz governamental Yoshimasa Hayashi classificou como “um passo importante para acalmar a situação”, agradecendo aos Estados Unidos, ao Egito e ao Qatar pelos esforços de mediação.
De Camberra, o primeiro-ministro, Anthony Albanese, e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Penny Wong, destacaram tratar-se de “um passo muito necessário para a paz” e defenderam uma solução de dois Estados, sublinhando que o plano exclui o Hamas de qualquer papel na administração futura de Gaza.
O ex-presidente colombiano Iván Duque elogiou o acordo como “um caminho para a estabilidade numa região que tem sofrido a crueldade da guerra e do terrorismo”, e a Confederação de Comunidades Judaicas da Colômbia, assim como a organização B’nai B’rith do Uruguai, saudaram o entendimento como um “passo essencial para a convivência e para uma paz justa e duradoura”.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu o acordo como “um avanço desesperadamente necessário” e apelou para a sua plena implementação, sublinhando que “é uma oportunidade para reconhecer o direito à autodeterminação do povo palestiniano e avançar para uma solução de dois Estados”.
O Hamas confirmou o entendimento, garantindo que “assegura o fim da guerra, a retirada do exército israelita e a entrada de ajuda humanitária”, e apelou para que Israel cumpra os compromissos “sem atrasos ou alterações”.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, classificou o acordo como uma “realização histórica” e agradeceu a Trump pela “liderança determinada e pelos esforços globais”, afirmando: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa”.
Segundo fontes oficiais, a libertação dos reféns deverá começar na segunda-feira, após a aprovação do acordo pelo Governo israelita, e a retirada militar cobrirá cerca de 70% do território de Gaza.
“Isto é mais do que Gaza, é o início da paz no Médio Oriente”, afirmou Trump numa entrevista à Fox News, assegurando que os Estados Unidos e países vizinhos vão apoiar a reconstrução do enclave. E acrescentou: “Outros países da região ajudarão porque têm imensa riqueza. Nós estaremos envolvidos para garantir que Gaza seja bem-sucedida e pacífica.”
Em Telavive, famílias dos reféns reuniram-se em euforia na praça dos Reféns, entre lágrimas e cânticos de “Nobel para Trump”. “Quero cheirar o meu filho”, disse, emocionada, Einav Zangauker, mãe de um dos reféns.
Em Gaza, onde o cessar-fogo foi recebido com uma mistura de alívio e desconfiança, deslocados e habitantes manifestaram a esperança de poder regressar às suas casas.
“Queremos voltar, mesmo que não haja mais casas”, afirmou Alaa Abd Rabbo, deslocado do norte da Faixa.
O acordo mediado pelos Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia marca a tentativa mais significativa de pôr fim à guerra desde o início do conflito, em outubro de 2023.
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