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Netanyahu encurta nova audiência judicial alegando sofrer de bronquite

Chefe do Governo israelita é a primeira pessoa na história do país a ser indiciada judicialmente enquanto ocupa o cargo de primeiro-ministro.

15 de outubro de 2025 às 15:57

A Justiça de Israel acedeu a encurtar a nova audiência judicial que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tinha marcada para esta quarta-feira, a pedido dos seus advogados, que alegaram que o chefe do Governo sofre de bronquite.

Netanyahu afirmou que os seus sintomas "não melhoraram" e realçou que os seus médicos recomendam vários dias de repouso ou, pelo menos, "redução das horas de trabalho nos próximos dias".

"O primeiro-ministro sofre de uma bronquite, o que não representa perigo para ele ou para qualquer pessoa que o rodeia. Seguindo as recomendações do seu médico pessoal, o senhor Berkowitz, cancelou a sua agenda para o resto do dia e permanecerá em casa a descansar", informou o seu gabinete num comunicado.

Estava previsto que a audiência decorresse até às 16h30 locais (14h30 de Lisboa), mas Netanyahu pediu para depor apenas durante uma hora ou, no máximo, duas, embora esta não seja a primeira vez que solicita medidas deste tipo, segundo o diário The Times of Israel.

Em abril, o tribunal concedeu-lhe também uma redução no tempo de comparência, depois de ter dito que se sentia "muito cansado" devido ao 'jet lag' após uma viagem aos Estados Unidos.

Em ocasiões anteriores, o tribunal aprovou este tipo de medidas por razões de segurança, devido à ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Netanyahu é a primeira pessoa na história de Israel a ser indiciada judicialmente enquanto ocupa o cargo de primeiro-ministro e foi acusado de pagamento de subornos, fraude e abuso de poder em três casos, após investigações lideradas pelo agora ex-procurador-geral Avichai Mandelblit.

Em abril de 2021, o Ministério Público denunciou um "caso grave de corrupção do regime", na primeira sessão da fase probatória do julgamento por corrupção contra Netanyahu, que negou as acusações e as classificou como "caça às bruxas" e "golpe de Estado judicial".

O mais grave dos casos é o chamado "Caso 4000", no qual enfrenta acusações de forçar a aprovação de regulamentos que beneficiaram o acionista maioritário do Grupo Bezeq, Shaul Elovitch, em troca de uma cobertura favorável ao Governo pelo portal digital de notícias Walla.

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