"Se a Ucrânia parar de lutar a Rússia ganha a guerra": Jens Stoltenberg culpa Putin

Reunião de emergência decorreu esta quarta-feira.

16 de novembro de 2022 às 11:59
Secretário geral da NATO diz que ataque à Polónia "não foi deliberado" Foto: Reuters/Yves Herman
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O secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, diz que ataque à Polónia "não foi deliberado" e que "é preciso aguardar pelas conclusões finais da investigação", mas que dados sugerem que incidente foi provocado por defesa antiaérea ucraniana. Declarações foram prestadas após reunião de emergência da NATO que ocorreu esta quarta-feira, em Bruxelas, na Bélgica.

Jens Stoltenberg prestou declarações após término da reunião de emergência da NATO. De acordo com o secretário-geral, é preciso aguardar pelas conclusões finais da investigação, mas para já, não ha informação de que se tratou de um ataque deliberado e que a Rússia esteja a preparar uma ofensiva contra países da aliança atlântica.

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Stoltenberg diz que dados sugerem que incidente foi provocado por defesa antiaérea ucraniana, que visa proteger o território dos ataques russos. O secretário-geral acusa Vladimir Putin de ser o principal responsável pelo que se vive no mundo, devido à invasão ilegal da Ucrânia, e que é o culpado pelos momentos perigosos que se vivenciam, ao qual acrescenta que a NATO vai apoiar a Ucrânia na defesa do território. Jens Stoltenberg garante que vai fazer o necessário para proteger todos os aliados, do qual faz parte a Polónia.

Durante a reunião, demonstrou-se solidariedade para com a Polónia e foram enviadas as condolências às famílias das duas vítimas mortais. Segundo o secretário-geral, há a necessidade de reforçar a atenção acerca do que se está a passar na fronteira com a Ucrânia, desde o aumento de militares no terreno à vigilância aérea.

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Stoltenberg diz que a maior prioridade da NATO é apoiar a Ucrânia no que toca a sistemas antiaéreos e que o foco dos países aliados é continuar a apoiar o país invadido e não entrar diretamente no conflito armado. O secretário da NATO condena a narrativa russa sobre a guerra e considera que é necessário exercer pressão sobre a Rússia.

Jens Stoltenberg que é urgente parar com o conflito e intalar a paz no mundo, mas afirma que se a "Ucrânia parar de lutar, a Rússia ganha a guerra". Para já, o caminho da NATO passa por apoiar a Ucrânia, no que toca a reforço militar, mas também abrir caminho para futuro dialogo de paz. De acordo com o líder da aliança atlântica, os aliados da nato reagiram de forma prudente e clama a este incidente

Apesar de o o míssil não ter sido intencional, nem a Rússia ter a responsabilidade direta do mesmo, a verdade é que este incidente veio na sequência de ataques massivos russos na Ucrânia, em infraestruturas energéticas e habitações que nada têm a ver com as zonas de frente de combate.

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Foi a NATO quem monitorizou a trajetória do míssil que atingiu a Polónia, esta terça-feira, e que provocou a morte a duas pessoas. A zona da Polónia atingida pelo míssil encontra-se a 10km do território ucraniano. A investigação continua a decorrer.

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