Vladimir Putin: "O grupo Wagner não existe"
Presidente russo referiu que as empresas militares privadas não têm base legal na Rússia.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou esta quinta-feira que o "grupo Wagner não existe" no sentido legal, uma vez que não existe nenhuma lei em Moscovo relativa às empresas militares privadas. A informação foi avançada pelo próprio em entrevista ao jornal Kommersant e citada pela agência Reuters.
Putin revelou ainda que fez uma oferta aos mercenários na reunião que aconteceu cinco dias depois da revolta contra a liderança militar russa. No caso, explica que deu a oportunidade dos militares continuarem a lutar pelo país, mas que Prigozhin, líder do grupo, devia ser afastado e substituído por outro comandante.
"Todos eles podiam reunir-se num só lugar e continuar a servir [a Rússia]. Nada mudaria para eles. Seriam liderados pela mesma pessoa que foi o seu verdadeiro comandante durante todo este tempo", disse.
Questionado sobre a possibilidade de adoção de nova legislação sobre o estatuto das empresas militares privadas, o presidente russo disse que esta "será objeto de análise".
Recorde-se que dia 24 de junho, a Rússia ficou em alerta vermelho depois de o grupo mercenário Wagner ter declarado o início de uma rebelião contra o próprio país. Em causa, estariam alguns constrangimentos com o Ministério da Defesa que estaria a negligenciar a entrega de armas e de munições aos combatentes.
No próprio dia, Prigozhin admitiu que iria recuar com as tropas para evitar um banho de sangue.
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