Carsten Breuer considera que os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte precisam de se preparar para um possível ataque.
O chefe de Defesa da Alemanha afirmou, recentemente, que os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) precisam de se preparar para um possível ataque da Rússia nos próximos quatros anos.
O general Carsten Breuer revelou à BBC que a Rússia está a produzir centenas de tanques por ano, muitos dos quais poderiam ser usados num ataque aos países bálticos da NATO em 2029, ou até antes.
Breuer insiste que a NATO deve permanecer unida em relação à guerra na Ucrânia, apesar das diferenças de opinião expressadas recentemente pela Hungria e Eslováquia.
Segundo o general, a NATO enfrenta "uma ameaça muito séria" da Rússia, nunca antes vista, em 40 anos de serviço, uma vez que o país está a aumentar as suas forças numa "extensão enorme", produzindo aproximadamente 1.500 tanques de batalha por ano.
"Nem todos os tanques vão para a guerra na Ucrânia. Alguns vão para stocks e para novas estruturas militares voltadas para o Ocidente", afirmou Breuer.
Muitos temem há muito tempo um ataque a um Estado-membro da NATO, o que desencadearia uma guerra maior entre a Rússia e os EUA - um membro-chave da organização. De acordo com o Artigo 5 do acordo da Organização do Tratado do Atlântico Norte, qualquer ataque a um Estado-membro significa que os outros membros devem defendê-lo.
O general Breuer destaca a chamada Suwalki Gap, uma área que faz fronteira com a Lituânia, Polónia, Rússia e Bielorrússia, como uma das mais vulneráveis. "Os Estados Bálticos estão realmente expostos aos russos. Quando lá estamos sentimos isso pela conversas que ouvimos", refere.
O chefe de Defesa da Alemanha diz que a visão da Rússia sobre a guerra na Ucrânia é diferente da do Ocidente, uma vez que Moscovo vê a guerra como uma "continuidade" no conflito maior com a NATO e, por isso, está a "tentar encontrar formas de entrar nas nossas linhas de defesa e testá-las".
Breuer recorda os recentes ataques a cabos submarinos no Mar Báltico, ataques cibernéticos ao transporte público europeu e drones não identificados avistados sobre centrais de energia alemãs e outras infraestruturas.
"O que precisamos de fazer agora é esforçar-nos e dizer a todos: intensifiquem... invistam mais nisso porque precisamos. Precisamos para podermos defender-nos e, para aumentar a dissuasão", alertou.
Questionado pela BBC sobre a coesão da NATO, dadas as relações mais próximas da Hungria e da Eslováquia com Moscovo, o general insiste que a aliança ainda é saudável e destaca as decisões da Finlândia e da Suécia de ingressar na NATO logo após o início da guerra na Ucrânia. "Nunca vi tamanha unidade como a que temos agora entre nações e líderes militares", afirmou Breuer, acrescentando que todos compreendem a ameaça que se aproxima da organização neste momento.
De acordo com a BBC, os comentários do Gen Breuer são mais um sinal de uma mudança significativa nas decisões da Alemanha no que toca à defesa e à Rússia. Assim como muitas nações ocidentais, incluindo o Reino Unido, o país reduziu os seus investimentos militares ao longo dos anos. No entanto, tem havido um reconhecimento crescente da necessidade de revertê-lo.
Mas, embora líderes militares e políticos ocidentais digam que estão prontos para a guerra, ainda há dúvidas se este é um caso de ambição a superar a realidade. Segundo a BBC, levará anos para que a base industrial militar da Europa atinja a velocidade necessária para se igualar à escala de armamento que a Rússia está a produzir.
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