Diretor da agência de espionagem diz que reveses sofridos na ofensiva podem levar o líder russo a tomar medidas drásticas.
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O diretor da CIA alerta que o desespero do Presidente Vladimir Putin com os reveses da campanha na Ucrânia pode levá-lo a recorrer a armas nucleares táticas naquele país, algo até agora nunca oficialmente admitido pelo Kremlin. De acordo com William Burns, o risco é grande depois de as tropas russas serem travadas junto às principais cidades ucranianas e terem sofrido um elevado número de baixas.
"Tendo em conta o potencial desespero de Putin e das chefias russas, e tendo em conta os reveses que sofreram até agora, no plano militar, nenhum de nós pode tomar de ânimo leve a ameaça colocada pelo potencial recurso a armas nucleares táticas ou armas nucleares de baixo rendimento", afirmou Burns na quinta-feira. Apesar disso, o diretor da CIA sublinhou que, não obstante as "atitudes retóricas da parte do Kremlin sobre o elevar dos níveis de alerta das forças nucleares", não existem, de momento, "provas práticas do tipo de medidas militares que reforçariam as preocupações" com o risco de recurso efetivo a armas nucleares. A referência de Burns à retórica do Kremlin alude, desde logo, à ordem que Putin deu pouco depois do início da invasão da Ucrânia, a 24 de fevereiro, para que as forças de dissuasão nuclear da Rússia entrassem em estado de alerta.
Questionado pela CNN sobre as palavras do responsável da CIA, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou-se preocupado. "Não sou só eu. Todos os países têm de estar preocupados, porque, apesar de não haver informações reais, essa pode muito bem ser a verdade", afirmou.
De referir que, embora designadas armas nucleares de baixo rendimento, as armas em causa podem ter uma potência até 50 quilotoneladas, ou seja, cerca de três vezes mais do que a bomba lançada na Segunda Guerra Mundial pelos EUA sobre a cidade japonesa de Hiroxima. A designada ‘Little Boy’ tinha uma potência de cerca de 15 quilotoneladas e matou mais de 66 mil pessoas.
Rússia recusa que míssil tenha afundado ‘Moskva’
A Rússia insiste que o cruzador ‘Moskva’ não foi afundado na quinta-feira por mísseis ucranianos e sim por um incêndio a bordo causado pela explosão de munições. A Rússia nega igualmente que tenha havido baixas, apesar de fontes ucranianas garantirem que uma delas foi o capitão do navio, Anton Kuprin.
Mariupol decidirá tréguas
O Presidente ucraniano alertou este sábado a Rússia que a eliminação dos combatentes ucranianos que ainda resistem num último bastião na cidade de Mariupol significará o fim das negociações de paz.
"Isso porá fim a todas as negociações. Quanto mais mais lugares houver como Borodyanka mais difícil isso será", afirmou Volodymyr Zelensky.
Recorde-se que as autoridades locais de Mariupol dizem que pelo menos 21 mil pessoas foram massacradas na cidade. Tudo está a ser feito para salvar vidas, disse Zelensky, mas caso o foco de resistência refugiado no parque industrial da Azovstal seja massacrado as negociações para um cessar-fogo global serão suspensas.
Zelensky reiterou também que um acordo não passa por cedências de território à Rússia, algo que Moscovo não aceita, pois pretende manter a Crimeia, anexada em 2014, e luta para alargar o controlo das províncias de Lugansk e Donetsk.
Novo ataque destrói fábrica junto a Kiev
Aviões russos atacaram e destruíram uma fábrica de reparação de tanques na zona de Darnytskyi, junto a Kiev, matando pelo menos uma pessoa. Lviv foi também atacada, tendo sido abatidos quatro mísseis de cruzeiro russos.
Três mil soldados ucranianos mortos
O Presidente ucraniano disse este sábado que 3000 soldados ucranianos morreram desde o início da invasão russa. Não há número disponível de baixas civis, mas só em Mariupol haverá mais de 21 mil e na região de Kiev cerca de mil.
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