De acordo com Washington, citando o Instituto de Finanças Internacionais, a economia deverá contrair até 15% ou mais em 2022 no país.
Os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram esta quinta-feira novas sanções contra a Duma (câmara baixa do Parlamento russo) e contra 400 figuras e empresas próximas ao Presidente Vladimir Putin, incluindo 328 legisladores e 48 empresas de defesa russas.
Em comunicado, a Casa Branca informou que a medida foi tomada em coordenação com a União Europeia (UE) e o G7 (as sete maiores economias do mundo), numa iniciativa que visa evitar a evasão das sanções já aplicadas e continuar a "enfraquecer a capacidade do Banco Central russo de implantar reservas internacionais, incluindo ouro", face à guerra que Moscovo iniciou na Ucrânia.
"As nossas sanções à Rússia não têm precedentes - em nenhuma outra circunstância nos movemos tão rapidamente e de forma tão coordenada para impor custos devastadores a qualquer outro país. O rublo desvalorizou-se substancialmente e os mercados devem enfraquecer ainda mais", avaliou a Casa Branca.
De acordo com Washington, citando o Instituto de Finanças Internacionais, a economia deverá contrair até 15% ou mais em 2022, sendo que esse colapso económico do Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia eliminará os últimos 15 anos de ganhos económicos no país.
Entre os visados pelas novas sanções norte-americanas está Herman Gref, chefe da maior instituição financeira da Rússia (Sberbank) e conselheiro do Presidente russo, Vladimir Putin, desde os anos 1990; o empresário e bilionário Gennady Timchenko, assim como as suas empresas e familiares; e 17 membros do banco russo Sovcombank.
Além desses, também foram sancionadas 48 grandes empresas estatais de defesa russas, que fazem parte da base industrial defensiva da Rússia e que produzem armas que foram usadas no ataque à Ucrânia
"Enquanto o Presidente Putin continuar esta guerra, os Estados Unidos e aliados e parceiros estão comprometidos em garantir que o Governo russo sinta os efeitos combinados de nossas ações económicas atuais e futuras", frisa a nota.
Numa outra frente, o Departamento de Estado norte-americano anunciou também hoje novas sanções económicas e diplomáticas contra elites russas, como líderes, funcionários, executivos seniores ou membros do conselho de administração do PJSC Sovcomba, do grupo Volga, da empresa Transoil, assim como os seus familiares e propriedades.
Na prática, todos os bens e interesses de propriedade dos indivíduos e entidades sancionadas que estejam nos Estados Unidos estão bloqueados.
Além disso, também são bloqueadas quaisquer entidades detidas, direta ou indiretamente, em 50% ou mais, por uma ou mais pessoas sancionadas.
Ficam igualmente proibidas transações comerciais entre pessoas que estejam nos EUA com as entidades e cidadãos visados pelas sanções, a menos que autorizadas por uma licença.
A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de março pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de dez milhões de pessoas, mais de 3,6 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 1.035 mortos e 1.650 feridos entre a população civil, incluindo mais de 200 crianças.
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