"Vamos tomar uma decisão a nível europeu, mas os nossos contratos preveem o pagamento em euros e queremos para em euros", diz o governante.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Luigi Di Maio, insistiu esta quarta-feira em continuar a pagar o gás russo em euros e não em rublos, como exige o Kremlin, pressionando por uma ação europeia.
"O pedido russo de pagar o gás em rublos é uma violação do contrato. Vamos tomar uma decisão a nível europeu, mas os nossos contratos preveem o pagamento em euros e queremos para em euros", defendeu o governante em Estrasburgo (França).
Luigi Di Maio também esclareceu que "até hoje" as importações de gás da Rússia para a Itália "continuam a chegar de forma regular".
As declarações do chefe da diplomacia italiana surgem depois de Moscovo ter anunciado a suspensão do fornecimento à Polónia e à Bulgária, ambos Estados-membros da UE, por se recusarem a pagar o combustível em rublos, medida rotulada como "chantagem" por Bruxelas.
A Itália é um dos países europeus mais dependentes do gás estrangeiro, uma vez que importa 90% do que consome anualmente e cerca de 40% é proveniente do território russo.
O Kremlin anunciou hoje, após o corte do fornecimento de gás russo à Polónia e à Bulgária, que o envio será interrompido igualmente a outros países, se não aceitarem o novo mecanismo de pagamento em rublos.
"À medida que o tempo de pagamento se aproxima, e se os consumidores rejeitarem o novo sistema de pagamento, o decreto presidencial será implementado", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, na conferência de imprensa diária.
Peskov negou categoricamente que a interrupção deste fornecimento seja um ato de chantagem, conforme foi descrito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Não se trata de chantagem (...) Somos categoricamente contra essa declaração", disse o porta-voz da Presidência russa, acrescentando que os países europeus foram avisados antecipadamente de que a Rússia passaria para um novo sistema de pagamento em resposta às sanções da comunidade internacional sobre Moscovo, por causa da invasão da Ucrânia.
Von der Leyen assegurou hoje que a União Europeia (UE) tem planos de contingência para possíveis cortes de gás da Rússia, após a suspensão do fornecimento à Bulgária e Polónia, por estes países não pagarem em rublos.
"O anúncio da Gazprom de que suspenderá unilateralmente a entrega de gás a clientes na Europa é mais uma tentativa da Rússia de usar o gás como ferramenta de chantagem", disse von der Leyen, num comunicado.
A presidente da Comissão Europeia acrescentou que o gesto de Moscovo "mostra mais uma vez a falta de fiabilidade da Rússia como fornecedor de gás" e garantiu que os parceiros europeus estão "preparados para este cenário (...) injustificado e inaceitável".
O porta-voz do Kremlin respondeu a Von der Leyen dizendo que a Rússia continua a ser um fornecedor fiável e que, se os países afetados pelos cortes concordarem em pagar em rublos, o fornecimento será retomado.
Peskov insistiu que o pagamento em rublos não implica "qualquer dificuldade", nem aumenta o preço dos suprimentos.
"De facto, nada muda para os compradores. A única exigência é que abram novas contas no Gazprombank", a entidade encarregada de receber o pagamento em moeda estrangeira.
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