Kremlin declarou esta terça-feira que Abramovich não é um membro oficial da delegação russa que negoceia com a Ucrânia.
O magnata russo, com nacionalidade israelita e portuguesa, Roman Abramovich participa em Istambul nas negociações entre as delegações da Rússia e Ucrânia sobre o cessar-fogo na guerra em território ucraniano.
A estação de televisão russa Rossiya 24 transmitiu imagens em que se vê Abramovich na chegada esta terça-feira ao Palácio de Domabahçe, em Istambul, sede das negociações, acompanhando a delegação da Rússia.
O Kremlin declarou esta terça-feira que Abramovich, próximo do presidente Vladimir Putin, não é um membro oficial da delegação russa que negoceia com a Ucrânia, mas atua como uma espécie de ligação para "certos contactos" entre Moscovo e Kiev.
Na sua conferência de imprensa diária, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o milionário "não é membro oficial" da delegação russa, mas adiantou que "está hoje em Istambul" com a delegação russa.
O jornal Wall Street Journal indicou na semana passada que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu ao Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para não aplicar sanções contra o oligarca russo devido ao envolvimento de Abramovich nas negociações.
No domingo, em entrevista a órgãos de comunicação social independentes russos, Zelensky "não confirmou nem desmentiu" a notícia sobre a não aplicação de sanções contra Abramovich por parte dos Estados Unidos.
"Por diversos motivos não posso falar de algumas das nossas conversas privadas (com Joe Biden)", disse Zelensky.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse no passado domingo que vários empresários russos, incluindo Abramovich, se tinham oferecido para ajudar a Ucrânia.
Entretanto, uma outra notícia publicada na segunda-feira pelo Wall Street Journal indicava que, após uma reunião na capital ucraniana no início de março, Roman Abramovich e pelo menos dois membros seniores da equipa de negociadores ucranianos "desenvolveram sintomas" suspeitos de envenenamento.
Os sintomas - olhos vermelhos e lacrimejantes, rosto e mãos esfoladas - deixaram de se fazer sentir mais tarde "e as vidas [das pessoas em causa] não estão em perigo", escreveu o jornal norte-americano.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,8 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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