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Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselha portugueses em Kiev a sair com cautela ou a manterem-se abrigados

"Regista-se um agravamento da insegurança na cidade de Kiev", pode ler-se no alerta publicado.

01 de março de 2022 às 20:08

O Ministério dos Negócio Estrangeiros aconselhou esta terça-feira os cidadãos portugueses que ainda se encontrem em Kiev a procurar sair "com a maior cautela", se tiverem oportunidade, ou a manter-se abrigados, dada a degradação das condições de segurança.

"Regista-se um agravamento da insegurança na cidade de Kiev", começa por ler-se num alerta publicado no Portal das Comunidades Portuguesas.

"Aconselhamos os cidadãos portugueses que ainda estejam na cidade a manter-se abrigados, se tiverem uma oportunidade de sair, deverão procurar fazê-lo com a maior cautela", acrescenta a mesma nota.

Adicionalmente, a ONU anunciou a organização de um comboio automóvel para saída de Kiev, que parte às 07:00 de quarta-feira, e alertou que esta pode ser a última oportunidade para sair da capital da Ucrânia nos próximos tempos.

"Amanhã (02 de março) irá ser organizado um comboio automóvel da ONU para saída de Kiev, ponto de partida é o Ramada Hotel Kyiv às 07:00", lê-se no portal.

Desta forma, quem tiver viatura pode juntar-se a este comboio que, tendo em conta "o cenário expectável de degradação da situação de segurança" na capital ucraniana, "poderá ser nos próximos tempos a última oportunidade para sair da cidade".

A probabilidade de um grande ataque à capital, com três milhões de habitantes, parece estar a aumentar a cada hora.

Imagens de satélite, divulgadas na segunda-feira à noite pela empresa norte-americana Maxar, mostravam um comboio de 64 quilómetros de centenas de tanques russos e outros veículos a avançar em direção à capital ucraniana.

Ao início da tarde desta terça-feira, os militares russos apelaram aos civis de Kiev que vivem perto de infraestruturas de serviços de segurança ucranianos para evacuarem esses lugares, dizendo que iam atacar para travar "ciberataques contra a Rússia".

Evidenciando o avanço russo, as forças do exército ucraniano, com filas de camiões e tanques, concentraram-se a oeste e a norte da capital, constatou a France-Presse.

No centro da cidade, os residentes que não fugiram ergueram barricadas e cavaram trincheiras nos últimos dias.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

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