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Primeiro-ministro húngaro confirma que vai pedir a Trump isenção das sanções à Rússia

Hungria depende das importações de gás e de petróleo da Federação Russa, respetivamente aquisições de 85% e de 65%, dos níveis de consumo internos.

31 de outubro de 2025 às 10:00

O primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orban, confirmou esta sexta-feira que vai pedir para o seu país isenção das sanções contra empresas petrolíferas russas no encontro da semana que vem com o presidente norte-americano, Donald Trump.

"A Hungria é um país sem litoral, sem mar ou transporte marítimo" que sirvam para importar fontes de energia, disse em declarações à rádio pública magiar Kossuth.

O chefe de Governo húngaro defendeu que tem de "fazer com que [Trump] entenda as dificuldades".

A Hungria depende das importações de gás e de petróleo da Federação Russa, respetivamente aquisições de 85% e de 65%, dos níveis de consumo internos.

Washington anunciou recentemente sanções contra as duas maiores empresas petrolíferas russas - Rosneft e Lukoil -, em resposta à "falta de compromisso sério da Rússia para com um processo de Paz para pôr fim à guerra na Ucrânia".

Orban assumiu esta sexta-feira que vai até à capital dos Estados Unidos da América (EUA), em 07 de novembro, com uma grande delegação, entre ministros, outros políticos e empresários, para fortalecer as relações bilaterais.

"Acho que podemos ficar mais próximos", afirmou o primeiro-ministro húngaro, quando questionado sobre o adiamento da reunião entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, prevista para Budapeste.

O primeiro-ministro húngaro acrescentou que "os EUA são a favor da Paz e os russos também chegaram ao ponto de estarem dispostos a aceitar a Paz ou um cessar-fogo sob certas condições bem conhecidas" e que são os ucranianos a prosseguir uma "guerra defensiva", pois "não querem assinar um acordo de Paz".

Trump reconheveu recentemente que a Hungria se encontra numa situação especial, uma vez que não tem saída para o mar nem portos.

Referiu que aquele país europeu também não dispõe de produção interna suficiente para satisfazer as necessidades, o que o obriga a importar fontes de energia.

Uma alternativa para a Hungria seria o abastecimento através do oleoduto "Adria", a partir da vizinha Croácia, mas Budapeste afirma que essa ligação não seria suficiente e teria custos mais elevados, algo que o governo croata contesta.

As sanções dos EUA, da União Europeia e de outros aliados de Kiev visam afetar a capacidade da Rússia de financiar o esforço de guerra na Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022.

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