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Hungria espera ser poupada a sanções dos EUA contra petrolíferas russas

Trump afirmou recentemente que a Hungria se encontra numa situação especial, uma vez que não tem saída para o mar nem portos.

30 de outubro de 2025 às 14:08

A Hungria espera ser isentada das sanções impostas pelos Estados Unidos às petrolíferas russas Lukoil e Rosneft para poder continuar a comprar petróleo e gás à Rússia, afirmou esta quinta-feira o ministro da Administração húngaro.

"O nosso objetivo é que o Presidente [Donald] Trump mantenha a posição [sobre a situação especial de Budapeste] e que a Hungria possa beneficiar de uma exceção às sanções norte-americanas", declarou Gergely Gulyás aos jornalistas em Budapeste.

Trump afirmou recentemente que a Hungria se encontra numa situação especial, uma vez que não tem saída para o mar nem portos.

Referiu que o país europeu também não dispõe de produção interna suficiente para satisfazer as necessidades, o que o obriga a importar fontes de energia.

Os Estados Unidos anunciaram em 22 de outubro sanções contra as duas principais petrolíferas russas em resposta à "falta de um compromisso sério por parte da Rússia com um processo de paz que ponha fim à guerra na Ucrânia".

O primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, deverá reunir-se com Trump na terça-feira, 07 de novembro, em Washington.

Entre outros temas, Orbán poderá abordar com Trump a questão das sanções e eventuais exceções, acrescentou o ministro húngaro, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Orbán é um aliado próximo de Trump, mas também do Presidente russo, Vladimir Putin.

A Hungria compra à Rússia 65% do petróleo e 85% do gás que consome, o que explica a firme oposição de Budapeste às sanções da União Europeia (UE) contra Moscovo que afetem o setor energético.

O Governo húngaro costuma invocar a ausência de acesso ao mar como o principal obstáculo para deixar de adquirir energia à Rússia.

Uma alternativa para a Hungria seria o abastecimento através do oleoduto "Adria", a partir da vizinha Croácia, mas Budapeste afirma que essa ligação não seria suficiente e teria custos mais elevados, algo que o Governo croata contesta.

As sanções dos Estados Unidos, da UE e de outros aliados de Kiev visam afetar a capacidade da Rússia de financiar o esforço de guerra na Ucrânia, que invadiu em fevereiro de 2022.

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